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Criança depressiva

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, o número de casos de depressão em crianças entre 6 e 12 anos aumentou de 4,5 pra 8% em uma década

17 jul 2024 - 13h01
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Sabemos que a depressão é resposta das alterações químicas no cérebro, principalmente pela baixa no neurotransmissor serotonina - que atualmente está sendo revisto - além de outros fatores como genéticos, psicológicos e ambientais como os problemas do dia a dia. Aí você pensa: Se os problemas da vida podem nos levar a depressão, quero pra sempre ser criança pra nunca ter que encará-los. Engana-se! Infelizmente, os pequenos também sofrem. É difícil imaginar que as crianças tenham que enfrentar esse desafio, aliás não é um assunto muito divulgado, o que prejudicar ainda mais o reconhecimento dessa doença pelos pais, que na maioria das vezes acredita que seja uma criança manhosa, quieta, chatinha ou mesmo por um traço da sua personalidade.

Segundo dados da OMS, o número de casos de depressão infantil aumentou de 4,5 pra 8% em uma década
Segundo dados da OMS, o número de casos de depressão infantil aumentou de 4,5 pra 8% em uma década
Foto: Canva Equipes/dimaberlinphotos / Bons Fluidos

A depressão infantil é uma triste realidade. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) o número de casos de depressão em crianças entre 6 e 12 anos aumentou de 4,5 pra 8% em uma década e parece que vem aumentando cada vez mais, assim como nos adultos aumentou absurdamente após a pandemia.

Não é fácil perceber os sinais, ainda mais quando muito pequenos, quando ainda estão formando seu repertório de reconhecimento e de comunicação para expressar seus sentimentos. A criança não consegue compreender de forma clara o que está sentindo, assim como não consegue exteriorizar esse sentimento que acaba se manifestando através de sintomas físicos e comportamentais.

Esses sintomas não seguem uma regra e podem ser mais leves, como reações normais de tristeza frente a situações estressantes, até sintomas mais graves, que podem levar a uma condição clínica, onde há a vivência de um enorme sofrimento, o importante é que os pais entendam que essa tristeza que vai além do normal, não é normal!

Mas, como uma criança pode ter problemas?

Crianças são muito sensíveis e captam e absorvem muito mais as mudanças ao redor do que nós adultos, isso é incontestável. Uma mudança de professores, de cidade, de escola, de casa, de babá, discussões assim como qualquer desequilíbrio dentro de casa como pai e/ou mãe ou ambos que bebem ou fazem uso de quaisquer outras drogas, ou mesmo sejam depressivos.

Lembro bem de uma mãe que veio me pedir ajuda porque o filho de apenas um aninho era extrovertido, sofria de insônia, chorava constantemente e era extremamente antissocial. Ela descreveu em cinco minutos os sintomas do pequeno que, naquele momento, dormia em seus braços e ficou quase uma hora reclamando com raiva sobre o relacionamento com o pai. Aí te pergunto: Será que a causa de todo sofrimento e sintomas do menino não foi encontrada?

Infelizmente muitos pais inundam seus filhos com medicamentos, quando na verdade o que precisa ser tratado é o casal, com terapia, mas não querem admitir que eles sejam o problema do sofrimento da criança. É mais fácil medicar o filho e dopá-lo pra realidade vivida dentro de casa, do que os pais buscarem ajuda terapêutica para o casamento desajustado.

Bom, não vou citar aqui tudo que vejo de errado na criação dos filhos na minha prática profissional, seria assunto para um livro e não para um texto, mas gostaria tanto que os pais entendessem que os pequenos são esponjinhas que enxugam tudo que percebem ao seu redor. Mesmo quando os pais fingem estar tudo bem, essa esponjinha cheia de sentimentos de amargura, discussões e raiva de hoje será amanhã um jovem que reflete os mesmos sentimentos e mais tarde um adulto ainda mais infeliz.

Ainda sobre as causas da depressão não podemos esquecer dos problemas do sono. Por exemplo, criança que não tem horário para dormir e que os pais não praticam a higiene do sono. É óbvio que essa provação do sono refletirá no seu humor e na sua ansiedade.

Por fim, e talvez a mais importante ou tão importante quanto, está a questão do equilíbrio alimentar. Uma criança desnutrida ou com dieta inflamatória feita com alimentos industrializados e ultraprocessados responde com um intestino inflamado. E uma flora intestinal pobre e tóxica, refletirá por toda sua vida. Mas, falar sobre intestino não é o foco aqui. Esse é um assunto que sempre escrevo e oriento em meus textos.

Enfim, esses são apenas alguns dos problemas que podem afetar os pequenos e a quantidade e variedade dessas experiências vivenciadas formam um conjunto de fatores de risco potenciais para o desenvolvimento da depressão.

Sintomas da depressão infantil

Os sintomas depressivos mudam conforme a idade da criança, vou citar alguns que merecem atenção, mas o fato de uma criança apresentar um ou mais, não quer dizer que já está diagnosticada como tal. Busque ajuda de um médico psiquiatra ou psicóloga infantil quando acender o sinal vermelho de alerta, afinal os pais são os maiores observadores - ou pelo menos, deveriam ser.

Vamos aos sintomas:

-Recusa de alimentos, principalmente em crianças de até 2 anos de idade, desenvolvimento tardio, alterações no desenvolvimento psicomotor e na linguagem, problemas de sono e enfermidades somáticas;

- Crianças em idade pré-escolar podem manifestar comportamento regressivo, principalmente no aspecto psicomotor e de linguagem;

- Sono interrompido por pesadelos, onde ela começa a ter medo de ficar sozinha na hora de dormir, reclamando e chorando, ou mesmo virando a noite acordada;

-Comportamento agressivo, autocrítica elevada, sentimento de inferioridade. A agressividade e irritabilidade são percebidas com maior frequência nos meninos;

-Falta de interesse por alguma coisa que antes parecia gostar, se era calma e agora está agressiva;

- Diminuição da atenção e da concentração, ideias de culpa e inutilidade, tendência ao pessimismo, queixa de sintomas físicos, ser seletivo com os alimentos que come e dependendo da gravidade do quadro ou ideias de suicídio;

- Tiques;

- Baixa concentração;

- Faz xixi na cama (enurese);

- Resistência para defecar, o que faz com que as fezes impactadas se acumulem no cólon e reto, levando ao vazamento (Encoprese);

- Ansiedade;

- Hipocondria;

- Aumento da sensibilidade;

- Sentimento de rejeição e fobia escolar;

- Comportamentos de extrema obediência ou submissão,

- Distrabilidade, descuido pessoal e corporal;

- Comportamento autopunitivo, sentimento de culpa, de falta de valor ou de inutilidade;

- Fica olhando muito tempo para o chão ou permanece com postura arqueada;

- Cansaço;

- Hipoatividade, fala monótona ou devagar, com ausência de expressão e respostas monossilábicas;

- Fadiga, atividade extrema ou apatia;

- Mudança de peso e apetite.

Tratamento para a depressão infantil

Geralmente o diagnóstico de depressão nas crianças é realizado a partir do Manual DSM-V, como a depressão também é sintoma de outros transtornos, acaba não sendo a primeira opção de diagnóstico.

Alguns profissionais diagnosticam a criança depressiva com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtorno de conduta, transtorno desafiador opositivo ou transtorno de ansiedade. Por isso, é importante a psicoterapia, com abordagem individualizada, para o diagnóstico e tratamento desse transtorno.

Quem realiza a psicoterapia com crianças é um psicólogo. Este verificará os sintomas e, em alguns casos, encaminhará para um psiquiatra com o fim de confirmar a hipótese diagnóstica.

A psicoterapia pode ser a única forma de tratamento, ou pode haver a medicação caso haja um fator genético ou hereditário. O psicólogo e psiquiatra podem e devem trabalhar em conjunto, visto que o diagnóstico precoce é muito importante para que o tratamento seja iniciado e torne mais fácil essa mudança nos comportamentos depressivos, já que eles podem se tornar mais resistentes à mudança.

Tratamentos naturais

Ao perceber sintomas no seu filho observe, na maioria das vezes como citei alguns sintomas podem ser resposta a um processo de adaptação que ela esteja passando. Também pode ser um traço de sua personalidade, por que não?  Nem toda criança é obrigada a ser uma criança ligada no 220Volts! Eu mesmo era um menino quietinho, tenho memória de elefante e lembro muito de situações vividas quando eu tinha apenas 3 aninhos, eu gostava demais de ficar quietinho desenhando e isso não me tornou um adulto antissocial ou depressivo. Mas repito, pais vocês são os melhores observadores. Observando sinais que estão lhe chamando demais atenção busque ajuda.

Como farmacêutico homeopata posso orientá-los ao uso de florais de Bach, Minas e Saint Germain (os meus preferidos) e mesmo a homeopatia que tratam esses campos mais sutis e tênues do comportamento e mesmo desiquilíbrio do sono, existem homeopatias e florais indicados para cada problema e nem preciso dizer que se trata de um método natural  sem carga tóxica como os medicamentos alopáticos e que nas crianças responde de forma rápida, já que seu organismo é bem menos intoxicado que o dos adultos além dessas terem maior receptividade energética.

Quer saber quais? Busque ajuda de um profissional homeopata!

Espero que tenha ajudado e que seu filho volte rapidamente a sorrir 😊

Orientações bibliográficas

FRAGA, Bibiana Pereira de. Depressão na

Infância: Uma revisão da literatura. Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Instituto de Psicologia - Porto Alegre, junho de 2015. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/141362/000992358.pdf?sequence=1.

Acesso em: 07 de junho de 2018.

CRUVINEL, Miriam; BORUCHOVITCH, Evely. Depressão

infantil: Uma contribuição para a prática educacional. Psicol. Esc. Educ. (Impr.), Campinas, v. 7, n. 1, p. 77-84, junho 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572003000100008&lng=en&nrm=iso.  Acesso em:  07 de junho de 2018.

MARCONI, Elizete Venson do Nascimento. Depressão

infantil: Uma revisão bibliográfica. Psicologia.pt. ISSN 1646-6977. 2017. Disponível em: http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1091.pdf. Acesso em: 07 de junho de 2018.

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