Achamos a "bebê cabeluda" brasileira e contamos o motivo de tantos fios

Desde os seis meses de idade, a japonesa Baby Chanco já faz sucesso na internet -- isso graças aos cabelos e fios extremamente volumosos, que deixam o visual da pequena ainda mais inusitado.

Seu look é tão único que rendeu o apelido de “bebê cabeluda" à criança, que tem um "diário capilar" no Instagram, página que começou a ser alimentada pelos pais de Chanco quando ela ainda tinha quatro meses de idade.

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Ainda em 2020, perto de Chanco completar 3 anos, o comprimento de seus fios chegava quase à cintura. No fim de 2022, porém, os pais decidiram levar a garota ao cabeleireiro e agora, seu cabelo está cortado acima dos ombros.

Nossa versão tropical

Aqui no Brasil, temos uma cópia de Chanco. Quando a assessora de imprensa Júlia Fioravante era pequena, ela passou por uma situação parecida: seu cabelo era logo a característica física que mais chamava atenção (de conhecidos e de desconhecidos).

"Já nasci muito cabeluda então e isso só foi aumentando. Desde nova sempre deixei os fios presos. Estava sempre com um monte de 'chiquinha na cabeça' para evitar que os fios ficassem caindo na cabeça", conta a assessora, de 24 anos.

Cabelo pra dedéu

Lucas Miranda, médico dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que a existência de cabelos muito mais volumosos do que a média para bebês pode ter várias explicações possíveis.

"A genética desempenha um papel importante na determinação das características capilares de uma pessoa, incluindo a textura, espessura e volume do cabelo. Se os pais do bebê têm cabelos naturalmente volumosos, é possível que o bebê herde essas características capilares", esclarece o especialista.

O ciclo de crescimento do cabelo é outro fator determinante: "Se o bebê tiver um ciclo de crescimento do cabelo mais rápido do que o normal, ou se por algum motivo as fases catágena (fase de transição) e/ou telógena (fase de repouso) forem retardadas no ciclo de crescimento, isso pode resultar em um cabelo mais volumoso em comparação com outros bebês".

Júlia conta que seus pais nunca acharam que o excesso de cabelo fosse um problema, pelo contrário. "Na verdade a gente está acostumado a ver bebê nascer já meio carequinha, com o cabelo bem ralinho, comigo foi diferente. Cortei meu cabelo pela primeira vez quando tinha uns três ou quatro meses", relembra.

Segundo ela, isso não foi um motivo de preocupação porque seus familiares também apresentam a mesma condição. “É de família", define.

O cabelão de Júlia continua cheio e saudável. 

 

 

 

 

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Como cuidar

Algumas recomendações para promover o crescimento saudável dos cabelos são:

• Alimentação balanceada: manter uma dieta equilibrada, rica em vitaminas, minerais e proteínas, pois eles desempenham um papel fundamental na saúde dos cabelos. Alimentos como frutas, vegetais, proteínas magras, grãos integrais e gorduras saudáveis são importantes para o crescimento capilar.
• Hidratação adequada: beber água suficiente também é importante, a desidratação pode deixar os fios secos e quebradiços; cuidado com a manipulação excessiva: evitar penteados muito apertados, uso frequente de chapinhas, secadores quentes e produtos químicos agressivos, tudo isso pode danificar os fios e prejudicar o crescimento saudável.
• Proteção contra o sol e calor: expor o cabelo ao sol de maneira segura, usando chapéus ou protetores solares capilares. Além disso, evitar exposição excessiva ao calor, como secadores e chapinhas em temperaturas altas, pois eles podem danificar a estrutura do cabelo; corte regular: o corte regular das pontas duplas e ressecadas pode ajudar a manter a aparência de um cabelo mais saudável;
• Cuidados na lavagem: usar produtos adequados para o seu tipo de cabelo e evite lavar com água muito quente, pois isso pode ressecar os fios; evitar o estresse: ele pode contribuir para a queda de cabelo, assim, manter medidas de controle do estresse é importante.

"Por fim, a consulta com um dermatologista para obter uma avaliação personalizada e orientações específicas para o seu tipo de cabelo e suas características individuais pode ajudar muito. Cada pessoa é única e pode exigir cuidados diferentes", afirma o médico Lucas Miranda.