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Bebês podem usar protetor solar? Como proteger os pequenos do sol

Até seis meses de idade, uso de protetor solar não é indicado; roupas com proteção UVA são a solução para evitar queimaduras

6 jul 2024 - 17h24
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A proteção contra os danos do sol é mais um desses hábitos que deve ser ensinado desde cedo. Afinal, os efeitos da exposição solar são cumulativos: a luz solar e a radiação ultravioleta recebidas da infância até a idade adulta terão consequências pelo resto da vida. O principal fator de risco para desenvolver câncer de pele é justamente a exposição precoce aos raios UVA e UVB

Nos primeiros meses, bebês devem evitar luz solar direta e reposição de vitamina D deve ser feita com suplementos vitamínicos
Nos primeiros meses, bebês devem evitar luz solar direta e reposição de vitamina D deve ser feita com suplementos vitamínicos
Foto: standret/Freepik/Reprodução / Bebe.com

Mas como proteger os pequenos desse risco diário? Depende. Bebês com menos de seis meses não podem usar protetor solar - aliás, a exposição ao sol nem é recomendada nessa idade. Como a pele é mais sensível no início da vida, os bebês são mais suscetíveis tanto a queimaduras quanto a reações alérgicas ao protetor solar. 

Quando o bebê pode usar protetor solar?

Em 2017, a notícia de que um bebê australiano havia sido internado com uma reação alérgica ao protetor solar acendeu um alerta para pais e mães mundo afora. O primeiro aviso dos médicos é que, nessa idade, um bebê não deve ser diretamente exposto à luz solar. 

Fique sempre na sombra e use carrinhos de passeio com cobertura, bem como roupas longas, que protejam pernas e braços. A pele dos bebês é muito delicada e pode absorver os produtos químicos presentes nos protetores. Como o sistema imunológico também está em formação, qualquer processo alérgico é mais complicado nessa fase.

Passados os primeiros seis meses, os bebês podem utilizar protetor solar especial para sua faixa etária - nas farmácias , há opções "baby". Produtos com óxido de zinco e dióxido de titânio são boas opções, por agirem como bloqueadores que refletem a radiação e terem menos probabilidade de irritar a pele do bebê, segundo a Academia Americana de Dermatologia. Os protetores devem ser de amplo espectro, ou seja, bloquear tanto a radiação ultravioleta A quanto B.

Os produtos destinados a adultos apresentam risco maior de provocar reações alérgicas, mesmo para crianças com mais de seis meses de idade. Buscar opções hipoalergênicas também é uma boa ideia. 

Antes de usar qualquer produto, seja protetor solar ou mesmo um creme hidratante, faça um teste em um pequeno pedaço da pele do bebê. Se houver alergia, ela deve se manifestar em até 48 horas - e aí você deve avisar o pediatra. 

Dos seis meses até o primeiro ano de idade, o bebê só pode pegar sol em períodos curtos e com uso de protetor solar. Mesmo com o protetor solar, a criança deve seguir usando roupas com boa cobertura e chapéus quando for a passeios mais longos ou a praias e piscinas. Outra regra é evitar os horários de maior incidência solar - entre as 10 horas da manhã e as 16 horas da tarde. Um alerta importante é que o cloro também pode prejudicar a pele dos bebês, então, mesmo a partir dos seis meses, tenha cuidado com piscinas. 

Em caso de queimaduras solares, tire a criança do sol imediatamente, aplique compressas frias e chame o médico. Não lave o local da queimadura com sabonete nem aplique qualquer tipo de produto antes de chegar à emergência. 

Qual o FPS ideal para crianças?

O Fator de Proteção Solar (FPS) é o número que indica quanto tempo você pode ficar no sol até que sofra danos da exposição. O que difere entre os produtos, então, é o tempo de reaplicação de cada um. 

O FPS mínimo indicado é de 30, cuja reaplicação deve ser feita a cada duas horas.  Os protetores também devem ser reaplicados toda vez que a criança entrar em contato com a água ou suar muito. 

A quantidade indicada de filtro é, para crianças, de quatro colheres de chá para a cabeça, quatro para a região da frente do tronco, quatro para a parte de trás. Duas colheres de chá devem ser aplicadas em cada braço e 3 colheres em cada perna.

E a vitamina D?

Para garantir que as crianças tenham vitamina D suficiente, a recomendação é tomar suplementos vitamínicos devidamente indicados pelo pediatra, quando for o caso. A vitamina garante ossos saudáveis e outras funções importantes no organismo. Entretanto, para sintetizar a vitamina, seria preciso se expor à radiação ultravioleta B, nos horários de pico. A Sociedade Brasileira de Pediatria não indica essa exposição, mesmo que com objetivo de garantir as vitaminas.

Bebe.com
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