Devido à Covid, mãe entra em coma após dar à luz e não se lembra do parto
"Me sinto roubada", lamenta mulher que acordou depois de semanas e foi surpreendida com uma bebezinha em sua cama
Imagine esperar uma gestação inteira pelo momento de finalmente trazer sua filha ao mundo e simplesmente não ter esse registro na memória - nem do parto, nem da gravidez. Foi o que aconteceu com Laura Ward em 2021, quando precisou passar por uma cesariana de emergência após ser contaminada pelo coronavírus e apresentar uma complicação.
"Eu estava com 30 semanas de gravidez do meu segundo bebê, trabalhando como professora assistente, quando testei positivo para Covid. Comecei a ficar com tosse e dores no corpo, e dentro de 24 horas depois do teste, eu estava tão sem ar que fui internada. Sozinha na enfermaria da Covid, entrei em pânico com medo de que o vírus pudesse fazer mal ao meu bebê que ainda não havia nascido", relatou ela ao jornal inglês The Sun.
O que aconteceu a partir daí é um branco na memória de Laura, que vive em Greater Manchester, na Inglaterra. A imagem seguinte que ela tem é a do momento em que acorda repleta de fios e ouvindo apitos, com a mão do companheiro, John, segurando a dela. "'Você esteve em coma por sete semanas', ele me disse. Eu olhei horrorizada, impossibilitada de falar por causa do tubo na minha boca. Então, para minha total surpresa, ele colocou um pacotinho num cobertor rosa em cima da cama. 'Esta é nossa filha', disse. 'Ela tem sete semanas de vida'", contou ao tabloide.
Apagão dos acontecimentos
Para o choque de Laura, que não se lembrava do parto, muito menos de ter estado grávida novamente (ela já era mãe do pequeno William), uma menininha veio ao mundo de forma prematura, pesando por volta de 1,5 kg, e precisou passar cinco semanas na UTI neonatal. "Conforme John me explicava e eu me recuperava completamente, comecei a lembrar da gestação, mas fiquei chateada e senti como se essas primeiras semanas de vida da minha filha tivessem sido roubadas de mim", lamenta a inglesa.
No início, Laura ainda estava tão fraca que não conseguia carregar ou amamentar a pequena. Quando finalmente teve os tubos retirados, ela e John escolheram o nome da menina: Hope - que significa "esperança". "Pareceu perfeito", disse ela. Apesar de se recuperar, o processo foi lento e horas e horas de fisioterapia foram necessárias para reaprender a se alimentar, escovar os próprios dentes e andar, já que durante o tempo no hospital houve muita perda muscular.
A internação aconteceu em agosto e apenas na metade de dezembro Laura pôde ir para casa reunir-se novamente com toda a família. Para completar a alegria, na véspera de Natal, ela foi pedida em casamento por John e eles oficializaram a união em julho deste ano.