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Fim da gotinha: como fica o esquema de vacinação contra a pólio a partir de agora no Brasil?

Vacinação contra a pólio será exclusivamente injetável no Brasil; novo esquema amplia segurança para crianças e tem dose de reforço única.

4 nov 2024 - 13h40
(atualizado às 13h42)
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Embora a estratégia de vacinação tenha mudado, a figura do Zé Gotinha continuará a ser parte essencial das campanhas de vacinação.
Embora a estratégia de vacinação tenha mudado, a figura do Zé Gotinha continuará a ser parte essencial das campanhas de vacinação.
Foto: Jhonatan Cantarelle/SES-DF

A partir desta segunda-feira, 4 de novembro, o Brasil encerra a aplicação da tradicional Vacina Oral Poliomielite (VOP) contra a poliomielite, conhecida popularmente como "gotinha". A imunização contra a paralisia infantil passa a ser realizada exclusivamente por meio da vacina injetável, chamada de Vacina Inativada Poliomielite (VIP).

A mudança, implementada pelo Ministério da Saúde, visa aumentar a segurança e a eficácia da vacinação infantil. Embora a estratégia de vacinação tenha mudado, a figura do Zé Gotinha continuará a ser parte essencial das campanhas de vacinação, de acordo com a pasta. 

Como fica o novo esquema vacinal?

O esquema vacinal atual contempla a administração de três doses da VIP aos 2, 4 e 6 meses e duas doses de reforço da VOP, a gotinha, aos 15 meses e aos 4 anos de idade. 

A partir de 4 de novembro, com a VOP fora do esquema vacinal, será necessária apenas uma dose de reforço com VIP, aos 15 meses. O novo calendário de vacinação contra a poliomielite estabelece as seguintes doses:

  • 2 meses: 1ª dose
  • 4 meses: 2ª dose
  • 6 meses: 3ª dose
  • 15 meses: Dose de reforço

Por que mudou? 

Segundo o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, Eder Gatti, a atualização é uma tendência observada no mundo inteiro.

“O Ministério da Saúde está seguindo uma tendência mundial e está substituindo as duas doses de reforço com a gotinha por uma dose da vacina injetável, que tem uma plataforma mais segura e protege muito bem as nossas crianças”, explica Gatti.

A substituição da vacina oral pela injetável baseia-se em evidências científicas e recomendações internacionais, como as da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

A vacina injetável confere quase 100% de proteção após as três primeiras doses, com altos títulos de anticorpos. Para as doses de reforço, é recomendado que os responsáveis levem as crianças às Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para agendar as vacinações.

A poliomielite é uma doença altamente contagiosa causada por um vírus que pode levar à paralisia permanente. O Brasil está há 34 anos sem a doença e contabiliza 47 anos de sucesso de uso da vacina oral nas estratégias de imunização contra a poliomielite, desde que foi introduzida de forma oficial em 1977, no entanto, a vigilância contínua e a vacinação são essenciais para prevenir seu ressurgimento. 

Fonte: Redação Terra Você
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