Gagueira da infância: por quanto tempo é comum e quando buscar ajuda profissional?

A gagueira é uma alteração na fluência da fala que se caracteriza pela repetição de sílabas, sons, pausas, tensão e movimentos faciais, dificultando a comunicação e impactando negativamente a qualidade de vida. Segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 2 milhões de pessoas gaguejam de forma crônica no Brasil. Estima-se que cerca de 5% das crianças apresentem gagueira, que costuma se manifestar frequentemente antes dos 6 anos.

Meu filho está gaguejando, o que fazer?

Greicyane Castro, fonoaudióloga da Clínica Audilife, explica que os pais e responsáveis precisam observar se a gagueira persiste por mais de oito semanas e se a criança está repetindo muito sílabas e sons. 

Notícias relacionadas

Zé Felipe impede filha de 3 anos de ir ao ortopedista; quais podem ser as consequências para Maria Alice?

Pessoas que não receberam muitos elogios na infância costumam apresentar esse comportamento, de acordo com a psicologia

Controlar o uso de redes sociais pode reduzir ansiedade e depressão nos jovens

“A criança, ao começar a falar, passa por um período que chamamos de gagueira da infância, o qual dura no máximo oito semanas. Geralmente conseguimos observar isso por volta dos três anos. É preciso observar repetições de sílabas como ‘papapa pato’ e repetição de sons como ‘ssss sapo’”, exemplifica a especialista.

Caso a criança seja diagnosticada com gagueira, é preciso iniciar a terapia fonoaudiológica para que ela consiga fazer os ajustes necessários na fala. A especialista ressalta que a gagueira não tem cura, mas tem tratamento, e haverá momentos em que a criança estará mais fluente do que em outros. 

“No decorrer do tratamento, o fonoaudiólogo poderá verificar a necessidade de algum outro profissional para queixas pontuais”, explica.

De acordo com a especialista, a gagueira tem maior prevalência no sexo masculino, não possui uma causa específica, é multifatorial e fortemente ligada a fatores genéticos e biológicos. Além disso, a médica destaca que o tratamento precoce é essencial para reduzir o impacto causado pela gagueira, diminuindo a intensidade e aumentando as chances de um prognóstico mais favorável.