Idênticos! Garotinho se vê representado por personagem negro de "Encanto"
Anthony, de quatro anos, não conteve a felicidade ao ver seu cabelo, tom de pele e até sua paixão pelos animais representados na animação da Disney.
Navegando pelas plataformas de streaming atrás de estreias infantis, a mãe Bruna de Paula Veloso se deparou com "Encanto", animação da Disney que chegou ao Brasil em 2021. Logo ao dar play, ela foi surpreendida por seu filho Anthony que, de repente, parou na frente da televisão e pediu que ela tirasse uma foto dele com o personagem Antônio, o caçula da família Madrigal. O motivo? Eles têm tudo a ver! Até o nome é similar!
"Quando começamos a assistir e tem a primeira cena, que mostra o Antônio debaixo da cama com a Mirabel, o Anthony olhou e falou: 'mãe, é igual a mim!'. Meu filho ficou extremamente encantado com o personagem!", contou Bruna ao Bebê.com.br. Inclusive, o pequeno, de quatro anos, não conseguiu conter a felicidade quando soube que seu nome é a versão em inglês de Antônio.
Ele também celebrou as semelhanças físicas entre os dois, como o cabelo cacheado até o ombro e a pele preta, além da paixão de ambos por animais. Assim como Antônio, Anthony gostaria de ter o dom falar com os bichinhos!
A representatividade é sempre necessária!
Esta experiência com "Encanto" foi apenas uma de tantas outras que Antônio já viveu e fortaleceram sua autoestima. "Crianças buscam referências e quando encontram pessoas parecidas com elas, passam a acreditar que elas podem assumir aquele mesmo lugar, que é algo normal, do cotidiano. Cada vez que o meu filho consegue ver nas prateleira de loja bonecos iguais a ele, vê filmes com personagens parecidos, o Anthony entende que pode estar neste lugar no futuro", reflete Bruna.
Atualmente com 36 anos, a empreendedora revela que viu uma boneca negra na estante de uma loja, pela primeira vez, aos 30 anos. A cena a impactou, remexendo feridas internas que nem mesmo ela sabia que ainda carregava, e acabou chorando. Hoje, o seu filho tem um boneco confeccionado igual a ele para que a história não volte a se repetir.
"Faço questão de trabalhar a autoestima do meu filho, porque a minha de criança e de tantos outros afrodescendentes foram pouco trabalhadas, principalmente em relação aos nossos cabelos e cor da pele", defende Bruna.
Por isso, a mãe aconselha: elogie seus filhos, lembrando o quanto eles são bonitos, cheios de potência e podem ocupar todos os lugares que quiserem, independente do que as outras pessoas digam. <
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