Menino de 4 anos sofre vasectomia acidental em cirurgia de hérnia
Após erro do cirurgião, que pode afetar a criança pelo resto da vida, os pais processam o hospital. Entenda o que aconteceu!
Uma família do Texas, nos Estados Unidos, está processando o hospital que realizou uma vasectomia de forma não intencional em um garoto de quatro anos. O caso aconteceu em agosto de 2021, quando a criança foi submetida a uma cirurgia no Texas Children's Hospital, na cidade de Houston, para tratar uma hérnia. Por acidente, o cirurgião cortou o tubo que leva os espermatozoides até a uretra.
A preocupação é de que o menino precise de mais uma cirurgia para poder ter filhos quando adulto, e até de outros tratamentos médicos, já que ele poderá ter problemas de infertilidade pelo resto da vida. O advogado que representa a família, Randy Sorrels, falou à Fox 26 Houston na última segunda-feira (13), sobre a possibilidade de consequências futuras devido ao erro surpreendente vindo de um especialista. "Você sabe que coisas acontecem na vida, mas não espera que seja nas mãos de um cirurgião que simplesmente corta um pedaço errado do corpo", disse.
Acidente decorrente de erro básico
O procedimento, segundo o advogado, é primeiro certificar-se de que se está operando a parte correta da anatomia antes de fazer qualquer corte - um passo básico para cirurgiões.
"Nós acreditamos que o cirurgião cortou de forma acidental o vaso deferente, um dos tubos que carrega o sêmen. Isso pode afetar aquele garotinho pelo resto da vida", complementou Sorrels. De acordo com os registros médicos, o especialista não tinha histórico de negligência e nenhum problema havia sido relatado anteriormente. Ainda assim, o erro, segundo o advogado, não foi notado imediatamente: "Só descobriram depois que foi para a análise patológica."
Em comunicado, um porta-voz do hospital afirmou que o caso não será comentado publicamente. "A prioridade máxima do Texas Children's Hospital é a saúde e o bem-estar do nosso paciente. Devido aos requisitos de privacidade, nós não podemos comentar", declarou.