Meu filho come mal: E agora?
É comum que os pais façam queixas do tipo “meu filho come mal e eu não sei o que fazer”. Tenha paciência e leia nossas dicas.
A alimentação inadequada dos filhos é uma das principais preocupações dos pais, seja porque eles comem pouco ou porque só querem saber de lanches gordurosos ou cheios de açúcar. A pergunta que surge é “o que eu posso fazer se meu filho come mal?”.
Todos conhecem os prejuízos que a má alimentação pode causar às crianças. Ela pode ser a origem de doenças como diabetes, hipertensão, anemia, colesterol alto e problemas cardiovasculares.
Segundo uma pesquisa realizada pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) em 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal, o número de obesos no Brasil chegou a quase metade da população em 2011: 48,5%. E tudo começa na juventude - entre os homens de 18 a 24 anos, 29,4% já estavam acima do peso; entre as mulheres, 25,4%.
"Eu tenho culpa se meu filho come mal?"
Generalizando, a resposta é sim. Pode ser muito difícil, mas educar os filhos, incluindo a educação alimentar, é responsabilidade dos pais. Discipliná-los a comer bem exige paciência e criatividade. Se eles têm péssimos hábitos, é porque você deveria ter se esforçado mais.
Não vale dizer “meu filho come mal porque na lanchonete da escola só tem porcaria”. A solução para isso é muito simples: prepare você mesmo o lanche que ele vai levar. Sanduíches naturais, frutas e sucos são ótimas opções.
Lembre-se que quem decide o que a criança vai comer é o adulto - afinal, é ele quem compra os alimentos e prepara as refeições. Só cabe à criança decidir o quanto vai comer. Aí, é importante lembrar: não tente interferir na saciedade. Você pode pensar que ela come pouco, mas é possível que tenha um apetite leve e seja saudável ao mesmo tempo. Na dúvida, procure um pediatra.
Como ensinar seu filho a comer bem
Confira abaixo seis técnicas muito simples que podem ajudar você a conduzir corretamente a alimentação do seu filho.
1. Dê o exemplo
A primeira dica é também a mais óbvia. Se você quer que o seu filho tome suco, não pode beber refrigerante. Se quer ver o prato dele mais verde, o seu também precisa ter essa cor. É fato que a criança jovem costuma imitar o comportamento dos pais.
2. Teste
Se o seu filho não gosta de brócolis, isso não quer dizer que ele não vá gostar de nenhum outro vegetal. Muitos pais tiram conclusões precoces e desistem facilmente de impor uma alimentação mais saudável à criança. Se você insistir, certamente vai descobrir legumes e frutas que agradem ao paladar do filho.
3. Misture
Conforme você for descobrindo o que ele gosta, poderá elaborar pratos acrescentando até mesmo o que ele não gosta. É só testar e garantir que o sabor final seja agradável. Que tal acrescentar legumes à omelete ou misturá-los ao recheio de uma panqueca de carne?
4. Faça pratos coloridos
Quanto mais cores tem a refeição, maior a variedade de nutrientes que ela vai oferecer. Por outro lado, a criança pequena pode ser atraída pelo estímulo visual da mistura de tons.
5. Tenha rituais
É importante estabelecer algumas regras e costumes para o momento da refeição. Por exemplo: respeitar o horário, comer à mesa com a família inteira junto e mastigar devagar. Assim, além de melhorar o convívio familiar, a criança entende que é coisa séria.
6. Não premie
A última dica é sobre o que você não deve fazer. É muito comum que pais relacionem a comida com outras tarefas, ao educar seus filhos. Por exemplo, se a criança fez o dever de casa, ganha um hambúrguer ou um doce; ou o contrário, ganha um passeio no parque porque comeu todos os legumes. O pequeno deve se alimentar bem pelos motivos corretos, não com esse tipo de condicionamento.