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Morre chef Marcos Bassi, conhecido como 'mestre da carne'

24 mar 2013 - 20h46
(atualizado em 10/12/2013 às 14h25)
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<p>O chef estava afastado das atividades nos últimos dias</p>
O chef estava afastado das atividades nos últimos dias
Foto: Divulgação

O "mestre da carne" Marcos Bassi faleceu neste domingo (24) em São Paulo, aos 64 anos, informou a assessoria de imprensa do restaurante Templo da Carne, do qual ele era proprietário. Bassi enfrentava câncer no pulmão e foi internado recentemente no hospital Sírio Libanês.

Em nota, o hospital declarou que a morte foi confirmada às 12h12 do domingo. O velório acontecerá até as 14h desta segunda-feira (25) no Funeral Home, em São Paulo, e o enterro será no Cemitério do Araçá, também na capital paulista.

De acordo com informações da equipe da Rádio Bandeirantes, onde Bassi era colaborador, ele estava sem gravar nos últimos dias, por conta da doença. A assessoria de imprensa de Bassi confirmou que ele estava afastado das atividades profissionais, mas estava trabalhando por e-mail e telefone. 

Veja a trajetória do mestre do churrasco Marcos Bassi:
Mestre churrasqueiro

Nascido no bairro do Brás, ele era filho de um alfaiate e de uma dona de casa, ambos italianos. Bassi perdeu o pai cedo e começou a trabalhar para ajudar nas contas da família. Atualmente, a marca de carnes Bassi pertence ao grupo Marfrig.

Bassi atuava há mais de 50 anos no mercado de carnes, ficou conhecido por criar cortes, como a fraldinha e o bombom de alcatra, e recebeu vários prêmios. Em entrevista ao Terra, ele contou que a fraldinha nasceu a partir de um pedido que recebeu de uma senhora francesa: "foi ela que me apresentou o corte 'bavete', como é chamado na França". O especialista em carnes começou apenas vendendo sanduíches com o corte e quando a francesa viajou surgiu a oportunidade de popularizar a fraldinha. "Abri a churrascaria Bassi, comecei a vender a peça inteira no espeto e indicar aos clientes. A fraldinha eu criei em 1967, o bombom de alcatra nos anos 80", contou.

Na França, o bavete era preparado na frigideira, foi Bassi quem começou a prepará-la na churrasqueira. Segundo ele, como a carne é magra não se pode errar no tempo de cocção e na churrasqueira a tarefa é mais difícil, já que o modo pode ressecar a carne. "Peças magras devem ser assadas a 60 cm da brasa por aproximadamente 20 minutos de cada lado", explicou.

O churrasqueiro, que começou a trabalhar com carne aos oito anos, vendendo miúdos de boi, tinha planos de criar ainda mais cortes de carne e difundi-los no País. "Pretendo criar muitas coisas, é para isso que o Templo da Carne se dedica: levar a cultura da carne ao consumidor", disse em entrevista no início deste ano. Bassi comparava o trabalho do açogueiro ao de um joalheiro, pois precisava deixar a peça bonita, "como uma joia". 

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O tempero Bassi

Bassi contou ao Terra que para levar a carne à grelha, usava apenas sal, seja triturado, grosso ou em pedras. Depois de pronta é que ele combinava com molho de cebola, vinagrete, chimichurri ou molho de alho. O churrasqueiro dizia que não existe carne de primeira e de segunda, mas o que influencia no sabor do corte é a qualidade do boi. 

Para fazer um bom churrasco, não pode faltar carvão na quantidade certa, sal correto e facas em boas condições para manipular a carne, de acordo com Bassi. "E não ter pressa, porque a pressa é inimiga do churrasco. Também é preciso respeitar o gosto de todo mundo, você é quem tem que aprender a fazer as coisas como as pessoas gostam", afirmou.

Bassi, que já teve clientes como a família Matarazzo, nunca teve medo do trabalho. "Eu gosto de por a mão nas coisas, sou um artesão. Sou uma pessoa que levanta muito cedo e dorme tarde. Tem dias que durmo 6h, tem dia 4h. O sono não me faz tanta falta. Estou acostumado e até de domingo levanto cedo, que é o único dia que eu não trabalho", relatou.

Fonte: Terra
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