Virado à paulista: a origem do nome revela que a refeição não devia ter uma apresentação tão bonita como a que tem hoje. Virado descrevia literalmente o que acontecia com a comida que era levada como merenda pelos bandeirantes e viajantes que atravessavam o estado no século 17. A combinação de feijão e farinha, acompanhada de carne, banana, ovo e couve ia se misturando com o balanço das cavalgadas. Os desbravadores consumiam feijão com farinha, refeição típica dos indígenas. Já a carne era de porco, pois os animais era abundantes nas matas brasileiras. O ovo e a couve vinham dos hábitos dos colonizadores portugueses. O virado à paulista é tradicionalmente servido às segundas-feiras nos restaurantes da capital e vem acrescido de arroz. O prato pode apresentar variações e ser feito com farinha de milho ou de mandioca. O tutu à mineira foi uma derivação da receita paulista e trata-se de uma versão batida do feijão com a farinha, o que deixa a iguaria com consistência pastosa
Foto: Divulgação
Virado à paulista: a origem do nome revela que a refeição não devia ter uma apresentação tão bonita como a que tem hoje. Virado descrevia literalmente o que acontecia com a comida que era levada como merenda pelos bandeirantes e viajantes que atravessavam o estado no século 17. A combinação de feijão e farinha, acompanhada de carne, banana, ovo e couve ia se misturando com o balanço das cavalgadas. Os desbravadores consumiam feijão com farinha, refeição típica dos indígenas. Já a carne era de porco, pois os animais era abundantes nas matas brasileiras. O ovo e a couve vinham dos hábitos dos colonizadores portugueses. O virado à paulista é tradicionalmente servido às segundas-feiras nos restaurantes da capital e vem acrescido de arroz. O prato pode apresentar variações e ser feito com farinha de milho ou de mandioca. O tutu à mineira foi uma derivação da receita paulista e trata-se de uma versão batida do feijão com a farinha, o que deixa a iguaria com consistência pastosa
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Pastel: a origem é chinesa, mas a receita foi remodelada quando os imigrantes do país chegaram a São Paulo. Os vindos do outro lado do mundo precisaram adaptar o rolinho primavera que fazia parte da culinária, e passaram a usar farinha de trigo no lugar na farinha de arroz. Já o nome 'pastel' veio do pastel de Belém, sobremesa portuguesa, que já era bem conhecida por aqui. Depois, a partir da década de 1940, começou a ser popularizada por japoneses no país e foi ganhando o aspecto que tem hoje. Comer pastel na feira, mesmo que seja no café da manhã, é hábito para muitos moradores da capital paulista. Desde 2009 é realizado um concurso que elege o melhor de São Paulo. Em 2012, quem levou o título foi a pastelaria Kyoto, com bancas em 16 feiras na capital. Para chegar à conclusão, 20 críticos de gastronomia avaliaram pastéis de carne de 20 empresas.
Foto: Adriano Lima / Terra
Cuscuz: trata-se de outra receita cuja origem remonta a hábitos de imigrantes. Chegou com os árabes e era feito com grãos de sêmola de trigo cozidos no vapor e temperados, além de servidos com carnes e legumes diversos. Nos séculos 17 e 18 começou a ganhar características mais próximas às que tem hoje. Tropeiros carregavam em seus pertences, farinha de milho misturada com outros ingredientes, como carnes e legumes. A farinha ia absorvendo a umidade dos demais alimentos e se transformava em uma pasta. Essa é a base da receita, que também foi levada a outros Estados e hoje é consumida em todo o país. Atualmente, chama-se de cuscuz paulista o que é feito com a farinha de milho, mas leva camarões. Já o mineiro, é tradicionalmente feito de frango
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Bauru: o lanche traz o nome de uma cidade no interior do Estado de São Paulo, mas foi criado em pleno centro da capital. Isso aconteceu nos anos 1930, em meio à ebulição cultural à época do movimento modernista. Foi inventado pelo estudante de Bauru, Casemiro Pinto Neto, e feito na lanchonete Ponto Chic, no Largo do Paissandu. Os ingredientes da receita original são pão francês, mozarela, rosbife, tomate e pepino. A história do lanche é registrada no livro Ponto Chic - Um Bar na História de São Paulo, lançado pelo editora Senac no ano passado. Segundo a publicação, o espaço foi fechado em 1970 devido à degradação do local, o que causou tristeza entre os funcionários, que chegaram a destruir parte das instalações. Em 1978, foi reaberto no bairro de Perdizes e depois no mesmo endereço no Paissandu
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Sanduíche de Mortadela: 'comer mortadela e arrotar peru' é uma expressão popular que não se encaixa os hábitos dos paulistanos. O embutido definitivamente não tem mais o status de iguaria sem classe que carregou por tanto tempo. Comer um sanduíche de mortadela é um dos 'luxos' da gastronomia paulistana. E detalhe: com muita mortadela. Os famosos, como os do Hocca Bar e Bar do Mané, ambos localizados no Mercado da Cantareira, o Mercadão de São Paulo, leva entre 250g e 300g de fatias finas. "As pessoas se espantam no começo, mas acabam adorando", conta Webster Denadai, gerente do Hocca Bar. No estabelecimento, o lanche foi criado em 1952 e é um dos carros-chefe até hoje. Há uma história de que a grande quantidade de mortadela foi colocada propositalmente para atender a um cliente que reclamava do pouco recheio do lanche. Mas lendas a parte, Webster disse que para fazer um bom lanche de mortadela, basta cortar fatias bem finas e colocá-las num pão francês bem fresquinho
Foto: Fernando Borges / Terra
Picadinho: o picadinho é um clássico da boemia carioca dos anos de 1950, mas foi adotado pelos paulistanos e é uma das receitas associadas à rica gastronomia local. Segundo Margo Moreto Pimenta, uma das sócias dos restaurantes Sweet Pimenta, há várias versões da receita, mas a grande diferença entre o típico arroz e feijão e carne para o picadinho à paulista é o ovo frito. Em comemoração ao aniversário da cidade, o restaurante Sweet Pimenta inclui o prato no menu às sextas-feiras, com arroz, feijão, picadinho de filé mignon, farofa, couve e ovo frito. "É elaborado com a fusão de todos os ingredientes que o paulistano gosta", diz
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Pizza: a origem mais conhecida é a italiana. A cidade de Nápoles é conhecida como o berço da pizza que, por muito tempo, era conhecida como comida de pessoas menos favorecidas. Em São Paulo, ganhou mais espaço na gastronomia local com a chegada de imigrantes italianos, especialmente em bairros, como o Brás. Não há um registro oficial sobre a primeira pizza feita na cidade e alguns apontam que o autor é um imigrande napolitano chamado Carmenielo. No começo do século 20, a produção de pizzas ficou restrita ao Brás, que era isolado da região central pela Várzea do Carmo. Somente no fim dos anos 1940, pizzarias começaram a ser inauguradas no Centro. Há na capital cerca de 5 mil pizzarias em funcionamento e a cidade consome 53% do total de pizzas feitas diariamente do Brasil, o que dá em torno de 800 mil pizzas, segundo levantamento realizado pela ECD Food Service, empresa que realiza pesquisas para o mercado gastronômico.
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Coxinha: é comum ver pessoas comendo coxinhas em bares paulistanos, e não importa a hora. Seja no café da manhã, almoço ou lanches, a coxinha é uma das iguarias preferidas. Segundo historiadores, o bolinho, feito de massa de batata e recheio de frango, ganhou forma no século 19 em São Paulo para ser vendida nas portas das fábricas. Era uma opção mais fácil de ser manuseada e mais durável do que as coxas de frango, que eram encontradas à venda na época. Em meados dos anos 1950, a receita já era popular no Brasil todo. Modelada em formato de coxa de galinha, o petisco é enfarinhado com farinha de rosca e frita em óleo quente.