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Setor de alimentos é um dos mais resistentes da economia brasileira, diz Apex

12 out 2015 - 15h59
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O setor de alimentos é "um dos mais resistentes da economia brasileira e investe cada vez mais na fabricação e em produtos de maior valor agregado que encontram espaços no mercado internacional", segundo o diretor de Negócios da Apex, André Favero.

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) apoia as 83 empresas brasileiras que participam da feira internacional do segmento de alimentação Anuga, realizada na cidade alemã de Colônia até o dia 14 de outubro.

"Os alimentos brasileiros estão conquistando novos mercados. Recentemente retomamos as exportações de carne bovina à China. Entre junho e setembro exportamos US$ 222 milhões para a China em carne bovina, um valor muito superior aos US$ 300 mil exportados no mesmo período do ano passado", segundo Favero.

O Brasil foi em 2014 o maior exportador de carne bovina do mundo, com exportações de 1,09 milhões de toneladas desses produtos, o que representa 20,78% da produção do país.

A indústria agropecuária representa 24% do Produto Interno Bruto da economia brasileira e gera 45% das exportações do país. As exportações dessa indústria têm como principal destino a China, com 22,8% do total vendido pelo setor, seguida pela União Europeia, com 22,2%.

Nos últimos dez anos, as exportações brasileiras da agroindústria cresceram de US$ 39 bilhões para US$ 89 bilhões, de acordo com números da Apex. Mais da metade das exportações do Brasil para a Europa são produtos da agroindústria, no valor de US$ 21,400 bilhões.

Favero acrescentou que os novos mercados para produtos da agroindústria brasileira são Índia, Egito, Turquia, Emirados Árabes, Coreia do Sul, Argélia, Irã, Arábia Saudita e Angola.

A indústria brasileira de alimentos está representada na Anuga, que começou no sábado, pelos setores de produtos especiais, carnes, bebidas e lácteos, com produtos que seguem as tendências mundiais de consumo.

Das 83 empresas brasileiras presentes na feira, 33 são do setor de carne (bovina, frango e porco), 42 de produtos especiais (cafés, mel, pão de queijo, biscoitos, chocolates, comida pronta embalada a vácuo, pimenta, castanhas e amêndoas), cinco de bebidas (cachaça, vinhos, espumantes, sucos cítricos e orgânicos) e três de lácteos, segundo Favero.

O diretor de negócios da Apex destacou que a empresa Wonder Nuts levou a Colônia leite vegetal que só usa água e castanha de caju, rica em nutrientes e sem lactose ou açúcar acrescentado.

A Milhão Alimentos lançou um cuscús a base de milho, adequado para dietas com restrições de glúten, e a Vapza, especializada em alimentos naturais a vácuo e prontos para serem consumidos, apresentou uma linha inteira de produtos orgânicos, que inclui quinoa, arroz integral e feijão.

"Alemanha é um país muito importante para o Brasil, com o qual temos fortes relações comerciais e políticas. A visita da chanceler Angela Merkel reforçou essa associação, e ambos os países assinaram acordos em áreas como inovação, pesquisa, mineração, Marinha, educação, saúde e segurança alimentar", segundo Favero.

Em 2014, a Alemanha foi o quinto destino das exportações brasileiras de produtos alimentícios, com quase US$ 3 bilhões, o que garantiu ao Brasil uma taxa de participação de 3,8% no mercado alemão.

"Quando analisamos as oportunidades de novos negócios na Alemanha, o complexo de alimentos e bebidas tem um papel destacado", disse o diretor de negócios da Apex.

O Brasil pretende aumentar as exportações de carne bovina e de aves, cafés, frutas, sucos, chá mate e especiarias para a Alemanha.

"Quando se consideram as oportunidades em nichos de mercado, ou seja, em segmentos nos quais a concorrência não se baseia no preço, e sim na diferenciação da oferta, o Brasil tem boas oportunidades em produtos como castanhas, pimenta, confeitaria, geleias, vinhos, cachaças e outras bebidas alcoólicas", segundo Favero.

EFE   
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