3 vinícolas para visitar em Portugal e tomar bons vinhos
'Paladar' selecionou três quintas com experiências para além de visitas guiadas, como prova de vinhos e até quartos dentro de barricas
Hoje, o enoturismo se tornou um dos principais catalisadores não apenas do turismo em Portugal, mas até mesmo da economia do norte do país. De acordo com dados divulgados pelo ministro da Economia e do Mar na apresentação do Guia Michelin em Portugal, o turismo do país está decolando: em 2023, foram 77 milhões de dormidas no país com mais de 25 bilhões de euros gerados pelo turismo, tendo o vinho como um dos maiores atrativos.
Assim, quem passa por Portugal certamente quer encontrar não apenas bons vinhos para tomar, como também experiências interessantes para mergulhar na cultura dos vinhos deste canto da Europa. As quintas se tornam a melhor opção -- são pedaços de terra, de variados tamanhos, com alguma produção de vinho. Geralmente, nos últimos tempos, não basta apenas ver as vinícolas: esses lugares estão promovendo provas, experiências e até transformando as terras em hotel.
A seguir, uma seleção de quintas para ir em Portugal.
Quinta da Aveleda
Se você tem interesse em conhecer mais a produção dos vinhos verdes de Portugal, únicos dessa região que fica entre o Douro e o Porto, a Quinta da Aveleda é uma boa pedida. O local é um dos espaços mais bonitos dentre as quintas portuguesas, com um jardim que lembra um conto de fadas -- há árvores bem cuidadas, assim como alguns animais por ali, como as simpáticas e pequenas cabra-montês. Mas, é claro, o melhor aqui são as experiências com vinhos: visitas guiadas nos vinhedos, provas de vinhos verdes da região, prova de aguardentes de vinho verde, oficina de pintura com vinho e por aí vai. Só é preciso preparar o bolso: a prova de vinhos clássica custa até 18 euros, enquanto a de vinhos premium vai até 200 euros. Já outras oficinas ficam com preço entre 20 euros e 30 euros.
Para reservar experiências: site ou pelo e-mail enoturismo@aveleda.pt.
Quinta da Pacheca
Entre os vales do rio Douro, junto à margem esquerda, na aldeia de Cambres, encontra-se a Quinta da Pacheca. A história desta propriedade remonta ao século XVI, quando era um conjunto de vinhas que pertencia aos Mosteiros de Salzedas e de São João de Tarouca. Com cerca de 75 hectares de vinha própria, a Quinta da Pacheca sempre esteve focada na produção de vinhos Douro DOC e Porto e foi uma das primeiras na região a engarrafar vinhos DOC com marca própria. Hoje, são várias as experiências nesta quinta: degustação de vinhos do Douro (a partir de 24 euros), pintura com vinho (50 euros), colher as uvas na época da vindima (apenas em setembro; a partir de 105 euros), pisa (40 euros), visitas guiadas pela região (a partir de 115 euros) e, principalmente, ficar hospedado no belíssimo hotel que fica junto aos vinhedos do espaço. Há, inclusive, os concorridos e lindíssimos barris de vinho que foram transformados em quartos -- todos com vista para os vinhedos.
Para reservar experiências: no site da quinta ou pelos e-mails enoturismo@quintadapacheca.com ou, para o hotel, reservas@quintadapacheca.com.
Quinta do Bomfim
Situada na margem norte do rio Douro e conhecida por produzir os lendários vinhos do Porto Vintage da Dow's, a Quinta do Bomfim tem produzido, nas últimas décadas, alguns dos vinhos mais reconhecidos do séc. XX. No espaço, os visitantes podem experienciar a história da propriedade no armazém antes de explorarem a adega e a vinha e provarem, com vista para o rio, alguns desses vinhos. Para quem já conhece os vinhos do Porto da casa, vale fazer a prova premium (85 euros, um preço mais baixo do que a média para os melhores vinhos, com dois Tawnies envelhecidos e dois Vintage clássicos) ou, se está conhecendo, fazer a prova clássica (25 euros). Dá ainda para fazer uma prova seguida por uma refeição no excelente restaurante Bomfim 1896, do chef Pedro Lemos e reconhecido pelo Guia Michelin (mas saindo por um preço bastante salgado de 175 euros por pessoa).
Para reservar experiências: pelo site.
* O repórter viajou a convite do Turismo de Portugal, do Turismo do Norte de Portugal e da TAP.