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Acordo consegue reduzir sódio em alimentos no Brasil

Acordo entre Ministério da Saúde e a Associação das Indústrias da Alimentação (Abia) prevê uma redução de 1.800 toneladas do sódio em bisnaguinhas, pão de forma e macarrão instantâneo

12 ago 2014 - 13h50
(atualizado às 14h40)
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Foto: Getty Images

Um dos acordos assinados pelo governo brasileiro com a indústria alimentícia para melhorar a dieta da população reduziu em 1.295 toneladas, entre 2011 e 2012, a quantidade de sódio nos alimentos mais consumidos no País, informou o Ministério da Saúde nesta terça-feira (12).

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A quantidade de sódio, elemento químico presente principalmente no sal e cujo excesso é considerado prejudicial à saúde, foi retirada de bisnaguinhas, pão de forma e macarrão instantâneo vendidos no país nos dois primeiros anos de vigência do acordo, segundo um balanço divulgado pelo Ministério da Saúde. De acordo com a diretora de Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, Deborah Malta, nesse período, os fabricantes reduziram quase 11% do sódio usado nas misturas para o pão de forma e em 15% o usado nos macarrões instantâneos.

Ela acrescentou que o acordo assinado entre o Ministério da Saúde e a Associação das Indústrias da Alimentação (Abia) prevê uma redução de 1.800 toneladas do sódio usado nestes três alimentos até o final de 2014. O Ministério da Saúde assinou, até agora, quatro acordos com a Abia para reduzir o sódio em seus produtos.

Os acordos assinados desde 2011 preveem a redução da quantidade de sal em 16 categorias de alimentos, entre os quais alguns de consumo em massa como pão, biscoitos, maionese, pão de forma, macarrões instantâneos, misturas para bolo, salgadinhos de milho e aperitivos, como as batatas fritas.

No último acordo, o mais ambicioso, os fabricantes se comprometeram a reduzir em maior proporção o sódio em produtos como requeijão, queijo mussarela, hambúrgueres, salsichas, mortadelas, presuntos e sopas instantâneas. A meta do Ministério da Saúde é que os quatro acordos reduzam em 28 mil toneladas o sódio que os brasileiros consumirão até 2020.

"Com apenas três tipos de alimentos, já conseguimos retirar mais de 1,2 mil tonelada de sódio das prateleiras. Com os quatro acordos, esperamos chegar a 28 mil toneladas em 2020 e, com isso, reduzir as mortes por acidentes vasculares cerebrais em 15% e os óbitos por infarto em 10%", afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro, na cerimônia de anúncio do primeiro balanço.

Além do sal, o sódio nos alimentos industrializados está presente em conservantes, adoçantes, fermentos e nos produtos que realçam o sabor. Segundo cálculos do governo, o brasileiro consome, em média, 12 gramas de sal por dia, superior aos cinco gramas recomendados como limite máximo pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Quase metade da população acredita estar consumindo a quantidade ideal. No entanto, sabemos que isso não é verdade. Nosso consumo ainda está muito acima do recomendado pela OMS. Esses acordos de redução do sal são importantes, porque ajudam a diminuir a quantidade ingerida justamente nos itens em que o consumidor não percebe, nos alimentos processados. Por isso, é importante que a população atente para a quantidade registrada nos rótulos e faça a comparação entre as marcas", afirmou o ministro.

EFE   
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