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Alergia a amendoim pode ser curada com proteína do próprio alimento

30 jan 2014 - 20h13
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<p>Enquanto os pacientes são alertados para não provar uma potencial cura em casa, um experimento teve bons índices de sucesso</p>
Enquanto os pacientes são alertados para não provar uma potencial cura em casa, um experimento teve bons índices de sucesso
Foto: Getty Images

Cientistas acreditam que encontraram a cura para crianças alérgicas ao amendoim: bastar dar a elas uma pequena dose diária da proteína do próprio alimento. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail. Os pacientes que sofrem desta condição são alertados para não experimentar uma potencial cura em casa, no entanto, uma pesquisa com cerca de 100 crianças, separadas em dois grupos, teve bons índices de sucesso.

Ao final de seis meses, 84% de um grupo e 91% do outro podiam ingerir o equivalente a cinco amendoins misturados com comida, sem apresentar reações perigosas. Dr. Andrew Clark, da Cambridge University,afirma que as famílias envolvidas no estudo disseram que suas vidas mudaram drasticamente. “Este tratamento permitiu que crianças com severa alergia ao amendoim pudessem comê-lo em grande quantidade, libertando-as e também aos pais do medo de uma reação alérgica potencialmente fatal”, observa.

A alergia ao amendoim é um problema sério e crescente, que afeta entre 0,5% e 1,4% das crianças em países ricos. É a causa alimentar mais comum de reação alérgica, além de ser potencialmente fatal e causar enorme tensão nas famílias que precisam ficar em constante estado de alerta. Os pesquisadores dizem que algumas delas não têm conhecimento sobre como evitar e tratar emergências relacionadas à alergia, e os acidentes, eles afirmam, são comuns.

O novo experimento mostrou que crianças alérgicas toleram doses diárias pequenas de proteína de amendoim, sob a forma de farinha misturada com a comida. O objetivo era descobrir se isto poderia resultar em uma tolerância maior ao amendoim a longo prazo, então as famílias não precisariam mais se preocupar com a possibilidade de pratos ou alimentos que trazem o ingrediente, mas não especificam no rótulo.

Metade das crianças, todas com idade entre 7 e 16 anos, foi escolhida randomicamente para misturar a farinha de amendoim na comida, começando com pequenas quantidades e gradualmente aumentando até 800 mg por dia. O segundo grupo evitava o alimento, como já fazia normalmente. Depois de 6 meses, 84% das crianças que comeram a proteína do amendoim toleravam 800 mg por dia sem reações significativas. Todas as crianças fizeram um teste de alergia. A maioria (62%) que comeu proteína de amendoim tolerou o equivalente a cinco amendoins, mas nenhuma do grupo controlado apresentou tolerância.

O grupo de controle foi, então, alimentado com proteína de amendoim diariamente e, depois de seis meses, apresentou resultados similares – 91% estavam aptas a comer 800 mg por dia. Os cientistas dizem que os resultados trazem a imunoterapia oral como uma solução próxima, mas são necessárias mais pesquisas para verificar os resultados a longo prazo.

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Fonte: Terra
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