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Como consumir frutas e verduras pode melhorar a saúde do coração das mulheres

Cardiologista explica como ter uma boa alimentação e a importância desse hábito para a prevenção de doenças coronárias

24 out 2022 - 14h33
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Que manter bons hábitos alimentares previne diversas doenças, todo mundo sabe. Especialistas, entretanto, vão além e explicam o que de fato é ter uma alimentação saudável e como isso pode, além de prevenir, tratar doenças e manter uma vida plena por muitos anos.

Foto: seb_ra / iStock

Na pesquisa chamada “Saúde Cardiovascular da Mulher Brasileira”, feita pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) em parceria com a Fundación MAPFRE, quase 60% das mulheres entrevistadas não consomem frutas, legumes e verduras diariamente, sendo que o consumo diário desses alimentos reduz em 30% o risco de um infarto

A médica cardiologista da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Dra. Glaucia Maria Moraes, explica que não há distinção entre alimentos bons e ruins, desde que não sejam ultraprocessados. “Recomendo sempre a dieta mediterrânea, que é rica em frutas, legumes, verduras e grãos, além de evitar fortemente o excesso de açúcar e de sódio de uma maneira geral e sugerir pouca ingestão de bebida alcoólica”, explica a cardiologista. Outra dica importante para as mulheres, segundo a Dra. Glaucia, é a terapia nutricional e a prática da atividade física para manter ou chegar a um peso saudável para cada corpo.

Em pesquisa feita por cientistas de Harvard, foi concluído que pessoas que seguem uma dieta com consumo elevado de alimentos inflamatórios apresentaram um risco 46% maior de ter problemas no coração (como infarto) e 28% maior de sofrer um AVC (derrame), em comparação aos que consumiram um cardápio com baixo potencial inflamatório. A inserção de alimentos ultraprocessados vem crescendo nos mercados brasileiros, e segundo a Dra. Glaucia, mesmo que se apresentem como veganos, contêm em sua composição uma quantidade enorme de sódio, “é um alimento cheio de gordura que deve ser evitado por todo mundo, mas principalmente por mulheres”.

O risco que se corre por não se alimentar bem

A hipertensão e a dieta inadequada estão associadas com um risco muito maior de pré-diabetes, por exemplo. Substituir ou reduzir o consumo dos alimentos que podem fazer mal diminui o risco de doenças e aumenta a expectativa de vida. “As mulheres com diabetes têm risco 45% maior de sofrerem com fluxo de sangue e oxigênio inadequado ao coração. O diabetes é muito mais comum em mulheres acima de 40 anos e, somado ao maior risco de mortalidade por doença cardiovascular em mulheres, pode ser uma relação desastrosa. É preciso de todo modo tratar o diabetes nas mulheres, assim como também é preciso tratar o excesso de colesterol, a obesidade e o sedentarismo”, finaliza a médica cardiologista.

Foto: carotur / iStock
Redação Degusta
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