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Esclerose múltipla: entenda a condição de Ludmila Dayer

A ex-Malhação revelou o recente diagnóstico de esclerose múltipla. Neurocirurgião explica quais os sintomas e formas de tratar a doença

29 set 2022 - 15h22
(atualizado em 30/9/2022 às 13h07)
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Como é o diagnóstico da esclerose múltipla, doença de Ludmila Dayer
Como é o diagnóstico da esclerose múltipla, doença de Ludmila Dayer
Foto: Saúde em Dia

Ludmila Dayer, ex- 'Malhação' e 'Senhora do Destino', revelou que recebeu o diagnóstico de esclerose múltipla. De acordo com a atriz e diretora, a doença pode ter sido desencadeada pelo Vírus Epstein-Barr, que é da mesma família do herpes.

Dayer contou que a alimentação natural tem sido uma chave para combater os sintomas da doença. "Já na primeira semana eu consegui perceber que as minhas conexões nervosas começaram a melhorar. Eu não conseguia fazer o meu trabalho. Posso dizer pra vocês que, 8 meses depois que eu comecei, não tenho mais sintoma nenhum. Eu tô vivendo, hoje em dia, sem sintoma. Eu nasci de novo", contou.

Antes disso, no entanto, "era um sintoma atrás do outro", como disse a atriz. "Por isso eu fui procurar o médico. Não conseguia enxergar direito, minha fala não acompanhava os meus pensamentos, tinha problemas de memória e muitas dores no corpo. Ia de um cômodo para o outro e não lembrava o que tinha ido fazer", disse ela.

Sintomas da esclerose múltipla

Os sintomas descritos pela artista são muito comuns. O Dr. Wanderley Cerqueira de Lima, neurocirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein, aponta os principais sinais de alerta:

  • Fadiga
  • Distúrbios visuais
  • Rigidez
  • Fraqueza muscular
  • Desequilíbrio
  • Alterações sensoriais
  • Dor
  • Disfunção da bexiga e/ou do intestino
  • Disfunção sexual
  • Dificuldade para articular a fala
  • Dificuldade para engolir
  • Alterações emocionais
  • Alterações cognitivas

Além disso, é comum a ocorrência de ataques, chamados surtos. "São crises inflamatórias que danificam a bainha de mielina causando cicatrizes, também chamadas de placas ou lesões. Os surtos ocorrem aleatoriamente, variando em número e frequência, de pessoa para pessoa", explica o especialista.

Diagnóstico

O diagnóstico precoce é imprescindível para a definição de um tratamento eficaz, que garanta bem-estar ao paciente. Por isso, uma das principais recomendações é realizar consultas e exames periódicos, para avaliar como anda a saúde, mesmo na ausência de sintomas.

"Se o paciente não investigar com um neurologista, a doença vai piorando. Por isso, falamos em diagnóstico precoce", alerta o coordenador de Doenças Cerebrovasculares do Hospital Icaraí e coordenador da Neurologia do Hospital e Clínica de São Gonçalo, Dr. Guilherme Torezani.

"Muitas vezes esses pacientes são jovens, com toda uma vida pela frente. Então é essencial evitar as incapacidades que a doença possa gerar trazendo mais qualidade de vida", completa a Dra. Viviane Tavares, também neurologista do Hospital Icaraí.

Tratamento

Infelizmente ainda não existe cura para a esclerose múltipla, mas há tratamentos medicamentosos que reduzem a inflamação e a ocorrência dos surtos. Isso contribui diretamente para diminuir o acúmulo de incapacidades durante a vida do paciente, destaca o Dr. Wanderley.

"Além do foco na doença, tratar os sintomas é muito importante para a qualidade de vida dessas pessoas. Os medicamentos utilizados, bem como todo o tratamento, devem ser indicados e acompanhados pelo médico neurologista de forma individualizada", completa.

O especialista acrescenta ainda que o canabidiol (CBD), substância presente na maconha, é uma maneira eficiente de amenizar os sintomas da esclerose. "O canabidiol melhora a qualidade de vida dos pacientes acometidos com esclerose múltipla e outras patologias neurológicas. Hoje já temos uma grande experiência no controle das convulsões e também da doença de Parkinson", esclarece o médico do Hospital Albert Einstein.

Os benefícios do tratamento com CBD incluem desaceleração do processo inflamatório, efeito analgésico e redução da ansiedade. O óleo pode ser uma alternativa para 2,5 milhões de pessoas que vivem com a esclerose múltipla (OMS).

Saúde em Dia
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