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Inflamação no intestino afeta todo o corpo; saiba como evitar usando a alimentação

Dr. Murillo Favaro explica: conhecido como nosso segundo cérebro, entenda como o intestino influencia nossa qualidade de vida

28 out 2022 - 15h11
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Nosso intestino é tão importante para o nosso corpo, que é alvo de muitos estudos e é chamado de segundo cérebro. Dores no intestino por inflamação, sintomas como intestino solto ou o intestino preso são péssimos para o nossa qualidade de vida.

E não só isso, quando possuímos um intestino inflamado, significa que nossa população de bactérias protetoras que lá residem está em desequilíbrio. Esse desequilíbrio é responsável por inúmeras doenças inflamatórias sistêmicas, ou seja, doenças fora do intestino, no resto do nosso corpo. Se você busca qualidade de vida e evitar inúmeras doenças, ter hábitos saudáveis ajudam a deixar nosso intestino mais saudável e, apesar de parecer óbvio, nem sempre seguimos essa regra.

Três pilares são necessários para que nosso intestino funcione normalmente: ingestão de água (líquidos em geral), fibras e atividade física. Com o equilibro desses pilares, dificilmente teremos um intestino que funcione de forma desordenada. Sendo assim, mesmo tendo uma ingestão de fibras excelente, se você não tomar água ou não realizar atividade física o intestino não será eficiente. A ingestão de aproximadamente 2,5 a 3 litros de água ao dia deve ser incentivada.

Não é fácil criar esse hábito e nem lembrar de tomar água nos dias corridos de hoje. Porém, há dicas que ajudam a inseri-lo no dia a dia como por exemplo: carregar com você garrafas d’água, utilizar alarmes em relógios ou celulares e até aplicativos para lembrar do consumo.

Em relação às fibras, o recomendado é o consumo de 25 gramas ao dia, a quantidade ideal para obter a diminuição da inflamação intestinal. No entanto, a média do consumo de fibras pelo brasileiro é de 15 gramas diárias.

Alimentação rica em fibras fará a diferença no seu intestino
Alimentação rica em fibras fará a diferença no seu intestino
Foto: demaerre / iStock

A introdução de frutas nos intervalos das refeições, a troca de alimentos processados por alimentos integrais e o aumento do consumo  de alimentos de origem vegetal, como legumes, verduras, leguminosas, sementes, oleaginosas e grãos integrais, ajudam a alcançar essa meta.

Outra dica para melhorar o nosso intestino é limitar o consumo de carne vermelha para no máximo 4 vezes na semana e, com isso, aumentar o consumo de peixe que, além de completar a oferta proteica semanal, ajudará a desinflamar o intestino. Já o frango acaba sendo neutro; não piora a inflamação, mas também não desinflama o intestino.

Além da dieta, há casos em que há a necessidade de se ingerir probióticos, isto é, bactérias que são protetoras do nosso intestino, para assim, reequilibrá-lo. A atividade física deve ser realizada, no mínimo, por 2 a 2,5 horas por semana, gerando um maior estímulo para a movimentação do intestino e com o objetivo de diminuir a gordura intra-abdominal ou visceral (a gordura que envolve os intestinos e órgãos intra abdominais), com consequente diminuição da inflamação, além da proteção do nosso sistema cardiovascular, prevenindo infartos, derrames (acidente vascular cerebral - AVC), insuficiência renal, diabetes, hipertensão arterial, demência, entre outros. Por fim, mas não menos importante, não podemos nos esquecer de outro vilão para o nosso intestino: o tabagismo; portanto parar de fumar deve ser encorajado. Agora que você já sabe da importância de possuir um intestino saudável e aprendeu como fazer isso, vamos colocar tudo o que falamos em prática?

Redação Degusta
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