O açúcar é mesmo um vilão das dietas? Entenda
Endocrinologista explica como o açúcar age no organismo e diferencia os impactos da frutose e da sacarose, subtipos do macronutriente.
Assim como o carboidrato, o açúcar constantemente é encarado como o vilão da alimentação saudável. O macronutriente é motivo de receio especialmente para quem deseja perder peso. No entanto, muitas das suas propriedades são essenciais ao organismo.
Diferentes tipos de açúcar
A Dra. Thais Mussi, endocrinologista e metabologista pela SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) explica que, antes de tudo, é necessário entender como o açúcar afeta o organismo. Além disso, a médica conta que existem dois tipos do macronutriente que são importantes para as funções do corpo: a sacarose e a frutose.
O açúcar é fonte de energia, o que o torna uma substância importante para o nosso corpo - especialmente a sacarose, presente nos alimentos refinados. Ela desempenha dois papéis bem interessantes no corpo, que ainda são pouco falados:
- Colabora para o bom funcionamento do cérebro;
- Contribui para a redução do estresse.
"Já a frutose é um açúcar natural presente nas frutas, e também em muitos alimentos processados. Pode ajudar a reduzir o risco de doenças cardíacas e auxiliar na redução da pressão arterial. Um estudo recente constatou que a frutose desempenha uma função benéfica que pode melhorar inclusive o funcionamento do cérebro de idosos", conta a endocrinologista.
Entretanto, a médica destaca que é preciso estar atento aos exageros. É um erro pensar que, por vir de alimentos considerados saudáveis, não existe problema em consumir a frutose à vontade. "A frutose, como todo açúcar, deve ser consumida com moderação", reforça a médica.
Frutose ou sacarose: qual o melhor?
Você deve estar se perguntando qual a melhor opção de açúcar. Mas, na verdade, essa diferença não é tão significativa do ponto de vista da nutrição, explica a endocrinologista. "A variação entre uma escolha e outra de açúcar fica por conta do paladar de quem consome. Dito isso, o açúcar por si só não é o vilão, mas sim a quantidade e a maneira com que é consumido", afirma.