Por que superalimento que tem 7 vezes mais vitamina C do que a laranja é proibido pela Anvisa?
Moringa oleífera é conhecida como a árvore milagrosa; no entanto, o consumo e comercialização desta planta são proibidos no Brasil há 5 anos
Recentemente, a Moringa Oleífera despertou interesse de quem busca cuidados com a saúde, no entanto, a Anvisa vem proibindo sua fabricação, comercialização, importação, propaganda e distribuição desde 2019.
Recentemente, um superalimento tem despertado o interesse daqueles que buscam maximizar os cuidados com a saúde: a Moringa oleífera. Segundo o Repositório Institucional da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a planta foi introduzida no Brasil na Região Nordeste por volta de 1950 e, desde então, vem sendo cultivada nas demais regiões do país.
No entanto, apesar de ser reconhecida como a "árvore milagrosa" ou a "árvore da vida", o consumo e comercialização desta planta são proibidos em território nacional pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) há 5 anos, desde 2019.
A médica Analía Yamaguchi, especialista em nutrição do Hospital Italiano de Buenos Aires, na Argentina, classifica a Moringa como um superalimento indicado para pessoas com diabetes, hipertensão, que precisam reduzir o nível de maus hábitos alimentares, atletas e pessoas com anemia.
De acordo com a médica, a planta pode conter até sete vezes mais vitamina C do que uma laranja e é fonte de múltiplas vitaminas como as do complexo B, A, além de minerais e antioxidantes. O portal Medical News Today, afirma que a planta contém propriedades antivirais, anti-inflamatórias, antidepressivas e antifúngicas.
Mas o que diz a Anvisa?
Em 2019, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a fabricação, importação, comercialização, propaganda e distribuição de todos os alimentos que contenham Moringa oleifera. Em contato com o Terra, a Agência afirmou que essa proibição continua em vigor, pois não foi possível concluir se o consumo de Moringa oleífera como alimento é seguro ou não.
De acordo com a Anvisa, foi publicado um edital de chamamento público para coletar dados e informações sobre a segurança de uso da Moringa oleífera em alimentos. O objetivo foi subsidiar a decisão da Agência quanto à manutenção ou não da medida de proteção à saúde que determinou a proibição da comercialização, distribuição, fabricação, importação e propaganda de todos os alimentos, em todas as formas de apresentação, que possuem Moringa oleifera em sua composição.
“A partir dos dados avaliados, não foi possível concluir se o consumo de Moringa oleífera como alimento é seguro ou não. A Anvisa pode, a qualquer momento, reavaliar as informações sobre segurança de uso da Moringa oleífera em alimentos. Para isso, basta que a empresa interessada protocole petição específica contendo dossiê técnico-científico com as informações necessárias para subsidiar o pleito”, informou a Agência em nota ao Terra.