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Veja 12 dicas para educar o paladar das crianças

A má alimentação pode impactar a saúde das crianças; nutricionista cita riscos e ensina maneiras para estimular novos hábitos alimentares

10 jun 2022 - 05h00
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Nutrição é sempre um tema sensível e de extrema importância não apenas do ponto de vista de saúde, mas também por seu contexto social e cultural. Parte do cotidiano de esportistas, sejam eles profissionais ou amadores, ou mesmo dos entusiastas de uma vida saudável, o assunto está bem além de grupos específicos: as crianças, por exemplo, demandam atenção especial, já que a nutrição infantil é um pilar do desenvolvimento físico e intelectual. 

“Uma alimentação pobre em vitaminas, minerais e/ou calorias pode trazer prejuízo ao longo da vida, não apenas na infância. A desnutrição pode causar dificuldade de concentração, coordenação motora e comprometimento de aprendizado, raciocínio e desempenho escolar. Outras consequências dessa desnutrição são doenças crônicas na idade adulta, como diabetes, hipertensão, hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia e câncer, altura comprometida e alteração do esmalte dos dentes, facilitando o aparecimento de cáries”, afirma a nutricionista Paula Carretti. 

Mais do que se alimentar, crianças precisam de uma boa nutrição para pleno desenvolvimento
Mais do que se alimentar, crianças precisam de uma boa nutrição para pleno desenvolvimento
Foto: JenkoAtaman / Adobe Stock

Um fator de alerta é que não se trata apenas da alimentação inadequada: qualidade dos nutrientes e sua diferença positiva no organismo são dois itens essenciais nessa balança.  

“Quando falo em desnutrição, não estou falando apenas da desnutrição proteico-calórica, que é a que vem a nossa cabeça quando pensamos nisso, com crianças muito abaixo do peso. Também estou falando da subnutrição, que ocorre quando não há o aporte correto de vitaminas e minerais, ainda que a pessoa esteja acima do peso. Essa subnutrição costuma ocorrer com o alto consumo de alimentos processados e ultraprocessados, que tomam o lugar de alimentos que oferecem os nutrientes necessários”, enfatiza a nutricionista. 

O costume é outro detalhe de grande impacto, com o açúcar (em exagero), por exemplo, fazendo parte da dieta das crianças já desde muito cedo. Uma ingestão exacerbada dele pode acabar influenciando negativamente a saúde, com alguns sintomas surgindo quando mais velho. 

“Um consumo exagerado, tanto do açúcar em preparações quanto de açúcar de adição (encontrado em alimentos ultraprocessados), pode causar doenças crônicas que normalmente acontecem apenas na idade adulta, como diabetes tipo 2, hipertrigliceridemia e hipertensão, diminuir o gosto por alimentos in natura - já que, naturalmente, temos uma preferência pelo gosto adocicado -, e variações de humor, causados pela liberação de dopamina, cortisol e adrenalina, nos picos e ausências do açúcar. O consumo elevado de açúcar também pode desencadear alguns prejuízos à memória, coordenação motora, alterar a qualidade e a duração do sono, influenciar negativamente a imunidade, alterar a produção do hormônio do crescimento e causar intolerâncias alimentares, alergias, doenças intestinais e seletividade alimentar”, comenta Paula Carretti. 

Avaliação nutricional infantil: quando realizar? 

É comum surgirem dúvidas sobre a periodicidade ideal para acompanhamento nutricional de uma criança, em que momento se preocupar, por isso a nutricionista detalha passos. 

“Durante o Pré-Natal e nas consultas com o pediatra, são feitos acompanhamentos avaliando as curvas de altura, ganho de peso e circunferência da cabeça, mas é indispensável a consulta com um nutricionista sempre que os pais tiverem problemas ou dúvidas com a alimentação. Atenção especial deve ser dada às crianças com seletividade alimentar, transtornos alimentares, que têm aparecido cada vez mais cedo, ou problemas de saúde diversos”, indica Paula. 

Os primeiros 1100 dias 

A nutricionista explica que esses primeiros dias de uma criança são essenciais pensando em saúde e desenvolvimento adequado, e isso inclui alimentação. 

“Hoje, consideramos importantes os 1100 primeiros dias da criança, que vão desde os 3 meses antes da concepção até o segundo ano de vida. E a alimentação tem um papel importante nessa fase de desenvolvimento. Muitos casais já procuram um nutricionista para melhorar a saúde e a fertilidade antes da concepção e o acompanhamento continua após o parto, auxiliando com a amamentação, a introdução alimentar e com as mudanças que ocorrem com a criança durante as outras fases da vida. Quanto mais cedo a procura for feita, maior a chance de evitar que os efeitos de uma desnutrição aconteçam”.  

Como reeducar o paladar das crianças; veja dicas 

É preciso compreender que o verdadeiro vilão é o hábito inadequado, o consumo demasiado e, não o alimento. O apoio nutricional profissional é fundamental, assim como reajustar costumes pode fazer uma grande diferença, como eliminar o consumo recorrente de alimentos ricos em açúcar, como os refrigerantes. 

Além de alertar sobre a importância do exemplo dos pais, ou seja, com a criança se espelhando na boa alimentação de seus responsáveis, a nutricionista lista algumas dicas para ajudar as crianças a terem melhores hábitos alimentares

  1. Durante o período da introdução alimentar, oferecer a maior variedade possível de alimentos in natura ou minimamente processados para que ela tenha um paladar amplo ao crescer; 
  2. Deixar que as crianças participem das compras e do preparo dos alimentos, de acordo com a sua idade e capacidade; 
  3. Realizar as refeições em local próprio, sentada à mesa, junto da família, onde todos comem a mesma comida; 
  4. Não ter distrações na hora de comer, como TVs, celulares, computadores e tablets; 
  5. Não transformar a hora da alimentação em uma experiência negativa (com brigas e castigos); 
  6. Oferecer os alimentos mais de uma vez, em diferentes cortes e preparos; 
  7. Criar pratos lúdicos, em formato de carinhas (para que as crianças tenham vontade de comer); 
  8. Reconhecer e respeitar os sinais de fome e, principalmente, os sinais de saciedade, não forçando a criança a comer além da sua capacidade; 
  9. Não ter em casa alimentos ultraprocessados, como biscoitos recheados, refrigerantes e salgadinhos, para que a criança não tenha contato fácil com alimentos ricos em sal e açúcares de adição; 
  10. Deixar frutas em locais visíveis e de fácil acesso, de forma a estimular seu consumo; 
  11. Não fazer comentários depreciativos sobre o corpo da criança; 
  12. Não fazer dietas e restrições alimentares pois, nessa idade, é essencial comer bem para se desenvolver bem. 

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