Veja a importância da alimentação sem glúten para pacientes celíacos
Alimentação equilibrada favorece a redução dos sintomas e ajuda a proteger o intestino delgado
A doença celíaca, apesar de ser pouco discutida, é uma condição comum e afeta cerca de 1% a 2% da população mundial, segundo informações do Ministério da Saúde.
Causada pela reação do sistema imunológico a ingestão de glúten, uma proteína encontrada no trigo, cevada e centeio, a enfermidade é autoimune e pode causar sérios danos no revestimento do intestino delgado, oferecendo complicações e dificultando a absorção de nutrientes.
"A doença celíaca é uma condição que requer cuidados especiais na alimentação e no estilo de vida. Embora possa ser desafiador seguir uma dieta rigorosa sem glúten, é possível ter uma vida saudável e feliz, desde que sejam tomados os cuidados adequados", diz a nutricionista funcional Cris Ribas Esperança.
Sintomas da doença celíaca
De acordo com informações do Ministério da Saúde, os sintomas, em geral, costumam aparecer entre os seis meses e os dois anos de vida. No entanto, isso não é uma regra e os sinais também podem surgir durante a fase adulta, como:
- Diarreia;
- Dor abdominal;
- Inchaço na barriga;
- Perda de peso;
- Fadiga;
- Desnutrição;
- Falta de apetite.
Diferenças entre doença celíaca, intolerância e alergia ao glúten
A nutricionista funcional Cris Ribas Esperança comenta que é importante destacar que a doença celíaca é diferente de intolerância e alergia ao glúten. A intolerância ao glúten é uma condição em que o consumo de alimentos com glúten causa sintomas semelhantes aos da doença celíaca, como diarreia, dor abdominal e inchaço, mas sem os danos no intestino delgado. Já a alergia ao glúten é uma reação alérgica ao glúten que pode causar sintomas como coceira, inchaço, urticária e dificuldade para respirar.
Importância de pessoas celíacas evitarem o glúten
Para uma pessoa com doença celíaca, seguir uma dieta rigorosa sem glúten é essencial para prevenir os danos no intestino delgado e reduzir os sintomas da doença. Isso significa evitar alimentos que contenham trigo, cevada e centeio, além de outros ingredientes que possam conter glúten, como alguns tipos de aveia. Por isso, é importante ler atentamente os rótulos dos alimentos e evitar produtos que contenham esses ingredientes.
Além disso, é importante ter cuidado com a contaminação cruzada, evitando utensílios de cozinha compartilhados e preparando alimentos sem glúten separadamente. Mesmo pequenas quantidades de glúten podem causar danos no intestino delgado de uma pessoa com doença celíaca. Por isso, é importante ter atenção aos detalhes na hora de preparar e consumir alimentos.
Busque os seus direitos
Em muitos países, pessoas com doença celíaca têm direito a uma alimentação sem glúten em escolas, hospitais e restaurantes. É importante conhecer seus direitos e exigir o cumprimento das leis de proteção aos celíacos. "É importante que a sociedade como um todo esteja ciente da doença celíaca e das necessidades dos celíacos para que possam ser oferecidas opções de alimentos sem glúten em locais públicos e privados. Com a conscientização e o apoio necessários, as pessoas com doença celíaca podem viver plenamente e sem restrições desnecessárias", diz a nutricionista.
Consulte um especialista
A adesão a uma dieta sem glúten pode levar a uma melhora significativa dos sintomas e prevenir danos futuros ao intestino delgado. É importante destacar que a doença celíaca é uma condição médica séria e que o diagnóstico correto é fundamental para o tratamento adequado. Se você suspeita que possa estar sofrendo de doença celíaca, é importante procurar um médico especialista em gastroenterologia ou nutrição para obter um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento adequado.
"Para ajudar a garantir uma alimentação saudável e equilibrada, é recomendável que pessoas com doença celíaca busquem orientação de um nutricionista especializado. Um nutricionista pode ajudar a desenvolver um plano de alimentação sem glúten que inclua alimentos naturais e frescos, como frutas, verduras, carnes e peixes, e opções de substituição para alimentos que contêm glúten, como pães, massas, biscoitos e cereais sem glúten", finaliza Cris Ribas Esperança.
Por Gabriela Dallo