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Veja cuidados importantes ao tomar chá para dor no estômago

Nutricionista explica como consumir essa bebida da maneira correta e sem prejudicar a saúde

10 abr 2024 - 20h45
(atualizado em 11/4/2024 às 00h48)
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O consumo de chá no Brasil faz parte do dia a dia de muitas pessoas, sendo um costume herdado de culturas quilombolas e indígenas. Inclusive, ao sentir alguma dor ou desconforto estomacal, é um hábito comum recorrer ao uso de ervas medicinais para aliviar esses sintomas. Mas, mesmo que sejam naturais, é necessário tomar essas bebidas de forma equilibrada, bem como evitar o excesso. 

Mesmo que sejam naturais, é necessário equilíbrio no consumo de chás para o estômago
Mesmo que sejam naturais, é necessário equilíbrio no consumo de chás para o estômago
Foto: ViDI Studio | Shutterstock / Portal EdiCase

"Existem vários chás que podem ajudar a aliviar a dor de estômago devido às suas propriedades calmantes e anti-inflamatórias. No entanto, é importante ressaltar que cada pessoa pode reagir de maneira diferente aos remédios naturais e, se a dor persistir ou piorar, é aconselhável procurar orientação médica", explica Ariane Braz A. C. Brasil, nutricionista do Hospital Edmundo Vasconcelos.

Tipos de chás para dor no estômago

Entre alguns dos chás indicados para as dores de estômago, estão aqueles feitos com:

  • Hortelã: ajuda a aliviar espasmos musculares no trato gastrointestinal e a promover a digestão;
  • Camomila: tem propriedades anti-inflamatórias e relaxantes musculares;
  • Gengibre: ajuda a aliviar náuseas e a reduzir a inflamação no estômago;
  • Erva-doce: ajuda a relaxar os músculos do trato digestivo;
  • Boldo: voltado para aliviar desconfortos estomacais;
  • Alcaçuz: pode acalmar o revestimento do estômago.
O uso de chás deve ser feito com cautela devido aos efeitos colaterais
O uso de chás deve ser feito com cautela devido aos efeitos colaterais
Foto: Gladskikh Tatiana | Shutterstock / Portal EdiCase

Efeitos colaterais dos chás

A nutricionista detalha que o consumo diário dos chás pode ser seguro para muitas pessoas, especialmente quando usados como parte de uma dieta equilibrada. "É importante ter em mente que cada pessoa é única e que as reações individuais podem variar. O recomendado é o consumo moderado para a maioria das ervas. É preciso não exagerar na quantidade, pois algumas substâncias presentes nas plantas podem ter efeitos colaterais em grandes quantidades", afirma.

Esses efeitos colaterais podem se dar em relação a algumas condições de saúde específicas, como:

  • Alergia a uma planta específica (como plantas da família Asteraceae presentes nos chás de camomila);
  • Condições gastrointestinais, como úlceras estomacais, refluxo ácido ou síndrome do intestino irritável, já que algumas plantas podem agravar essas condições;
  • Problemas hepáticos;
  • Ervas que podem interagir com medicamentos, reduzindo ou aumentando os efeitos;
  • Problemas renais, especialmente em caso de chás com substâncias que podem impactar os rins (como o alcaçuz, que pode afetar os níveis de potássio, e o gengibre, que pode influenciar a função renal).

Outro cuidado necessário diz respeito às grávidas e lactantes. "Elas devem ter precauções especiais ao considerarem o consumo de chás de ervas, incluindo aqueles para dores na barriga. Algumas ervas podem ter efeitos que afetam a gravidez, a amamentação ou o desenvolvimento do feto, então é preciso ter moderação. Esses são os casos dos chás de camomila, hortelã-pimenta e gengibre, por exemplo", ressalta Ariane Braz A. C. Brasil.

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Outras formas de aliviar dor no estômago 

Além dos chás, outros alimentos também podem ser adequados para o alívio dos sintomas das dores de estômago, como banana, arroz branco, biscoitos água e sal, torradas, maçã, sopa de legumes, frango cozido ou grelhado e iogurte natural. Nesses momentos, também se deve evitar frituras e alimentos gordurosos, pimenta, bebidas e alimentos com cafeína e álcool.

Outras medidas naturais se mostram eficazes. Entre elas, estão a realização de refeições menores e mais frequentes ao longo do dia; o hábito de comer devagar e mastigar bem os alimentos; identificar e evitar alimentos que possam desencadear ou piorar as dores, como alimentos picantes, fritos, gordurosos, ácidos, cafeinados e produtos lácteos integrais; manter-se bem hidratado; deitar-se de 2 a 3 horas após a realização da última refeição; manter um peso saudável; e evitar o álcool e o tabaco.

"Lembre-se de que essas estratégias podem ser úteis para desconfortos leves e temporários, mas, se a dor persistir ou for grave, é importante procurar orientação médica, especialmente se os sintomas forem acompanhados por outros sinais", finaliza.

Por Renan Araujo

Portal EdiCase
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