Brasileiro prova polvo cru que se mexe na Coreia do Sul; é seguro comer a iguaria?
'O polvo não está vivo e muito menos respirando! A parte que a gente come são os tentáculos', explicou o influenciador
O influenciador Caio Ramon, que tem mais de 1,5 milhão de seguidores só no Instagram, compartilhou suas experiência ao comer polvo cru na Coreia do Sul. No vídeo, é possível ver o animal, mesmo cortado, se movimentando no prato, o que causou estranheza em muita gente.
"O polvo não está vivo e muito menos respirando! A parte que a gente come são os tentáculos e estão se mexendo porque o polvo está super fresco", explicou ele na legenda.
Caio aproveitou um passeio no Gwangjang Market, maior mercado de comida de rua da capital Seoul, para passar horas provando de tudo um pouco.
"Recomendo demais incluir no roteiro. E já que estou na Coreia do Sul aproveitei pra experimentar um dos pratos mais procurados aqui do mercado que é o polvo cru", escreveu ele na legenda.
O influenciador admitiu que a parte mais aflitiva para ele foi comer o prato com algumas partes se mexendo. "Mas também difícil de pegar porque as ventosas grudam no prato", disse ele, que contou com a ajuda de uma atendente do restaurante para dar a primeira garfada.
"Sei que estou postando isso aqui e estou sujeito a críticas, mas esse prato é super tradicional aqui na Coreia (aliás só tinha coreanos comendo) e o polvo é um animal assim como o frango e carne que muitos de vocês comem! Mas entendo que ver ele se mexer é bem diferente", completou.
Nas considerações finais, ele diz que o gosto está longe de ser ruim e com o molho que mostrou no final do vídeo fica até gostoso. "Acredito que muitas pessoas não gostam pela aparência e pela textura! Eu gostei! Só achei caro pelo tamanho.. Acho que foi uns 70 reais um pratinho desse!!", concluiu.
Faz mal comer polvo cru?
Segundo a médica nutróloga Isolda Prado, o consumo de polvo cru ou ainda em movimento, conhecido como "sannakji" na Coreia do Sul, pode ser seguro se preparado e consumido corretamente. "No entanto, é essencial garantir que o polvo seja fresco e manuseado em condições higiênicas, para evitar a contaminação por patógenos", ressalta.
A profissional esclarece ainda que o movimento do polvo cortado é resultado da atividade nervosa residual nos tentáculos. "Mesmo após a morte do animal, os neurônios nos tentáculos ainda podem responder a estímulos químicos, como o sal da comida, causando contrações musculares".
Os principais riscos de comer polvo ainda em movimento incluem:
- Asfixia: nesse caso, os tentáculos podem se prender na garganta devido à sucção, o que pode causar sufocamento;
- Contaminação: se o polvo não for manuseado adequadamente, pode haver risco de infecção por bactérias ou parasitas;
- Reações alérgicas: nesse contexto, pessoas alérgicas a frutos do mar devem evitar o consumo para prevenir reações adversas.
"Portanto, é importante estar ciente desses riscos e tomar as devidas precauções ao consumir esta iguaria", conclui a médica.
