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Comer muita carne pode aumentar bactérias 'do mal' no intestino

O consumo excessivo cria um ambiente favorável para doenças cardíacas e distúrbios metabólicos

3 abr 2023 - 14h55
(atualizado às 15h01)
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Consumo de carne diminuiu no Brasil
Consumo de carne diminuiu no Brasil
Foto: iStock

Pense no cardápio alimentar da sua semana: ele inclui muita carne? Renata Brasil, nutricionista esportiva na Clínica Soloh de Nutrição e nutricionista dos atletas profissionais do Minas Tênis Clube (MG), revela que o consumo excessivo do produto pode prejudicar seu intestino.

“Pessoas com alto consumo de carne têm maior probabilidade de ter o trato gastrointestinal colonizado por bactérias gram-negativas, que criam um ambiente favorável para doenças cardíacas e distúrbios metabólicos”, inicia a profissional. 

Mas calma. A nutricionista explica que o nosso sistema gastrointestinal é todo colonizado por bactérias, fungos e vírus – o que a gente denomina de microbiota intestinal. Ou seja, esses nossos “amiguinhos” já fazem parte do dia a dia; o problema está no exagero.

“Cada pessoa tem uma composição única desses micro-organismos. Além da parcela geneticamente definida, a microbiota sofre influência também de fatores externos, como por exemplo, parto normal ou cesária, amamentação, uso de antibióticos e idade. Porém, além desses fatores, a alimentação tem um papel muito importante, e é nesse ponto que chamamos a atenção para as dietas veganas”, complementa.

Isso porque a microbiota de adeptos à dieta vegana tende a ser rica em bactérias gram-positivas, devido ao maior consumo de fibras presentes nesse tipo de alimentação. “Essas, por sua vez, transportam mais bactérias anti-inflamatórias, trazendo grandes benefícios para nossa saúde”, pontua Renata.

Dietas vegetarianas e veganas

Muita gente tem apostado no veganismo como ferramenta para melhorar a alimentação e, claro, proteger os animais. A própria cantora Xuxa é uma grande porta-voz dessa causa. Em ela contou que sofre bastante com flatulências devido a dieta 100% vegetal.

Felipe França, nutricionista especialista em oxidologia e bioquímica celular, aponta que isso é bem comum entre os veganos. “A alimentação (vegana), geralmente, contém carboidratos complexos, como fibras e amidos, que não são completamente digeridos pelo corpo humano e, portanto, chegam intactos ao cólon (parte que integra o intestino grosso)”, explica o médico.

Ele ressalta que nem todas as pessoas experimentam um aumento na flatulência ao adotar uma dieta vegana e ele pode ser temporário, diminuindo à medida que o corpo se adapta à dieta e a microbiota intestinal se ajusta.

Conforme Felipe, para evitar o descontrole intestinal, é importante que os veganos planejem uma dieta equilibrada, rica em fibras e outros nutrientes essenciais, mas também tomem cuidado para não exagerar na ingestão de fibras e escolham fontes de nutrientes bem absorvíveis pelo corpo.

Consumo diminuiu

Em 2022, o consumo de carne bovina pelos brasileiros atingiu 24,2 kg por habitante, o menor nível em 18 anos no Brasil. Os dados são da Consultoria Agro do Banco Itaú BBA. Conforme o relatório, esse foi o quarto ano consecutivo de recuo no consumo per capita.

A carne tem sumido do prato de muitos brasileiros desde que o país enfrenta uma crise decorrente da pandemia de Covid-19 e aumento do desemprego. É claro que, nesses momentos, saídas como substituir um alimento pelo outro ou adotar dietas livres de animais, podem parecer uma boa ideia.

No entanto, em um momento em que a insegurança alimentar no país acelera e milhões passam fome, a falta de acesso ao mínimo é o que mais preocupa órgãos. Apenas quatro em cada dez famílias brasileiras têm acesso pleno à alimentação e 33 milhões de brasileiros passam fome, de acordo com o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil.

Os preços dos alimentos aumentaram consideravelmente.
Os preços dos alimentos aumentaram consideravelmente.
Foto: iStock
Fonte: Redação Terra Você
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