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Comida rosa é 100% segura? Os perigos ao usar corante na comida

Com a fama do filme da Barbie, restaurantes e confeitarias passaram a criar receitas cor de rosa para chamar atenção da clientela

20 jul 2023 - 09h38
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Comida com corante rosa artificial em excesso pode ser prejudicial à saúde
Comida com corante rosa artificial em excesso pode ser prejudicial à saúde
Foto: iStock

Com a fama do filme da Barbie, marcas começaram a criar produtos para chamar atenção da clientela, assim como restaurantes. Neste momento, vale tudo, inclusive tingir a comida de rosa. Mas quais perigos giram em torno disso?

Segundo a docente de nutrição da Anhembi Morumbi, Driele Cavalcanti, se usar ingredientes naturais, como morango e beterraba, não há contraindicações e ainda dá para se divertir com a criançada, se preferir fazer em casa:

"Em preparações como arroz e/ou macarrão, é possível cozinhar a beterraba na mesma panela para que o corante natural tinja o alimento, e em preparações como molhos e cremes é possível processar a beterraba previamente cozida".

Por outro lado, apesar de os corantes artificiais serem permitidos pela ANVISA, eles precisam ser utilizados com cautela, de acordo com a profissional.

"O corante eritrosina, que confere a coloração rosa aos alimentos, tem o menor valor de ingestão diária aceitável, essa recomendação é facilmente excedida com o uso indiscriminado desse produto", alerta.

Além disso, a digestão frequente desses produtos também pode desencadear outras consequências.

"Neste ponto é importante destacar que quando consumido de forma excessiva os corantes artificiais possuem potencial alergênico, como desenvolvimento de urticárias e podem ser associados ao aumento da hiperatividade em crianças", explica.

Driele ainda ressalta: "Os corantes artificiais são utilizados com objetivo de tornar o alimento mais atrativo e quando pensamos que esses produtos estão sendo comumente utilizados em alimentos ultraprocessados ricos em açúcares e gorduras, como fast foods, bolachas recheadas, salgadinhos dentre outros, precisamos ponderar ainda mais o consumo".

Estadão
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