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Como identificar fraudes e impurezas no seu café?

Legislação permite um limite de até 1% para impurezas, como cascas, paus e materiais estranhos, como areia, pedras, torrões, e sujeiras

5 out 2023 - 05h00
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Foto: AngelaMacario / iStock

Você já parou para pensar no que está realmente na sua xícara de café? Recentemente, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) determinou o recolhimento de lotes de café torrado e moído devido a fraudes e impurezas acima dos limites permitidos. Pode parecer surpreendente, mas a verdade é que a qualidade do seu cafezinho pode estar longe do ideal. Vamos desvendar o mistério de como identificar um café falso e escolher o melhor tipo.

Como identificar fraudes e impurezas no seu café?

Fraudes e impurezas em café são detectadas através de análises microscópicas realizadas em laboratórios por técnicos especializados. Em um café de verdade, só deve haver café. No entanto, devido à natureza agrícola do produto, a legislação permite um limite de até 1% para impurezas, como cascas, paus e materiais estranhos, como areia, pedras, torrões, e outras sujeiras provenientes da lavoura e do armazém.

Ultrapassar esse limite significa que o produto é desclassificado para consumo, e a sua comercialização é proibida. Elementos estranhos, como grãos de outros gêneros, corantes, açúcar, caramelo e borra de café solúvel são indicativos de fraude e não são tolerados.

A verdade sobre o café falso

Será que existe café falso? Não! O café fraudado é aquele que contém elementos adulterados e estranhos, indo além do simples café. Por isso, a fraude no café não é aceitável. O máximo de impurezas deve ser de 1% para que não haja riscos à saúde. 

Portanto, o que existe não é um café falso, mas sim café adulterado, que além de representar riscos à saúde, cria uma concorrência desleal para as indústrias que seguem as boas práticas e a legislação.

Agricultor colhendo café
Agricultor colhendo café
Foto: Joao Bento da Silva / iStock

Como ocorre a análise que desvenda esses mistérios?

Uma empresa credenciada adquire o café nos pontos de venda e o leva para laboratórios certificados. O café é descaracterizado, garantindo que o analista não saiba a marca ou o tipo do café. Na análise de impurezas e fraudes, procedimentos microscópicos são aplicados. Após a homogeneização, desengorduramento e filtragem, a amostra é seca, peneirada e pronta para a análise no microscópio.

O técnico realiza a identificação e pesagem das impurezas, verificando se estão dentro do limite de 1%. Desde o lançamento do Selo de Pureza em 1989, a Abic monitora os cafés no Brasil, com mais de 170 mil análises registradas em seu banco de dados.

Como deixar o café mais gostoso Como deixar o café mais gostoso

Como escolher o café perfeito?

Agora que sabemos como os cafés são avaliados, como escolher o melhor café durante as compras? Muitos cafés industrializados seguem as normas da Abic, estabelecendo limites de defeitos por categoria e evitando a presença de impurezas acima dos limites. No entanto, é possível que o consumidor não perceba sinais de cafés adulterados, como sabores de fumaça, cinzas, borracha, terra ou carvão.

A escolha do melhor café envolve a seleção de frutos no ápice de maturação. A maturação adequada proporciona doçura, corpo e acidez agradáveis. Café de qualidade também está relacionado à variedade e à seleção das sementes, bem como ao processo de torra.

Em última análise, o café de especialidade apresenta níveis elevados de doçura e complexidade de sabores, acidez equilibrada e baixo amargor. Ao escolher seu café, além de buscar o Selo de Pureza, atente-se aos detalhes sensoriais que indicam a qualidade do produto.

Redação Degusta
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