A carne vermelha está cara? Saiba como a substituir sem perder nutrientes
Não há como negar: a população brasileira é conhecida por amar um churrasco! Mas não para por aí, afinal, a carne também ganha destaque nos pratos do dia a dia. Porém, a alta de quase 80% no preço da carne bovina fez com que brasileiros buscassem opções mais baratas.
E mais: seu consumo atingirá o menor nível nos últimos 26 anos, chegando a 24,8 kg de carne bovina por pessoa. Em 2018, cada brasileiro comeu, em média, 34 quilos. O aumento e variação de preços foram observados pela CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento), no período de janeiro de 2018 a junho de 2022.
Mas o que consumir para evitar a carne vermelha sem que haja perda de nutrientes nas refeições? Com a consultoria da nutricionista Marcella Tamiozzo, o Guia da Cozinha te mostra alternativas mais baratas para manter uma boa alimentação.
Como substituir a carne vermelha sem prejudicar a saúde?
A maior preocupação ao substituir a carne vermelha deve ser a reposição dos nutrientes presentes neste alimento. Proteína, ferro, vitaminas do complexo B, zinco e magnésio são alguns exemplos.
Opções mais baratas como frango, fígado bovino e de frango, coração de frango, ovos e sardinha possuem esses nutrientes e são bons substitutos. Contudo, se tratando de vitamina B12, a carne vermelha é a maior fonte, sendo esta encontrada em menores quantidades nos outros alimentos de origem animal.
Vegetais
Existem ainda algumas opções de vegetais, ricos em proteínas e outros nutrientes e que, diferentemente da carne, são pobres em gordura saturada, como a soja, o grão-de-bico, o tofu, a quinoa, lentilha, ervilha e castanha-de-caju. E, além de também não carregarem a vitamina B12, o ferro neles encontrado é de baixa absorção.
Ademais, a proteína vegetal não se compara à proteína animal por ser menos biodisponível e possuir menor taxa de cada aminoácido.
Então, o que fazer para não perder esse nutrientes?
Com o acompanhamento de um nutricionista, que irá realizar os cálculos nutricionais necessários de acordo com o perfil do paciente, é possível chegar a uma dieta equilibrada levando em conta também o alto preço da carne.
Como a quantidade de vitamina B12 é menor nos outros produtos animais, como no ovo e na carne branca, o nutricionista incluirá uma quantidade maior desses alimentos na dieta para ser possível suprir a necessidade do paciente.
Quanto ao ferro, vale o mesmo raciocínio: já que nos vegetais a absorção é menor, inclui-se uma quantidade maior para que absorva a quantidade necessária. Uma dica específica que ajuda a aumentar a absorção dele: consumir os alimentos fontes de ferro junto com alimentos fontes de vitamina C, pois essa vitamina ajuda na sua absorção.
Colaboração: Marcella Tamiozzo, professora do curso de Nutrição da Estácio