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Hana Khalil defende veganismo: "Sem mudança, não estaremos aqui para ver o fim do mundo"

Ex-BBB e influenciadora digital é uma das embaixadoras do Veganuary, movimento que conta também com a cantora Billie Eilish

29 jan 2023 - 05h00
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Hana Khalil, influenciadora
Hana Khalil, influenciadora
Foto: @khalilhana

O que Hana Khalil, de 26 anos, e Billie Eilish, de 21 anos, têm em comum? Ambas são embaixadoras do Veganuary de 2023. A ONG britânica funciona como projeto de apoio e incentivo ao veganismo, que atua em diferentes frentes e plataformas, dando o suporte necessário para que mais pessoas experimentem o estilo de vida de maneira simples, acessível e sem desagradar o paladar. 

Só em 2022, 630 mil pessoas se inscreveram no Veganuary. Somando todas as edições desde 2014, quando foi lançado, são mais de 2 milhões de pessoas que receberam auxílio gratuito para conhecer e viver o veganismo. Antes de Hana Khalil e Billie Eilish, a plataforma já teve como embaixadores grandes nomes do ativismo e da cultura, tais como Paul McCartney, Joaquin Phoenix, Alicia Silverstone, Xuxa Meneghel e Luisa Mell.

Com o posto, Hana Khalil diz que não pretende focar só no incentivo ao veganismo, mas pensa em desmistificar e furar bolhas dos próprios veganos e vegetarianos que enxergam o ato de não comer carne apenas como um hábito. 

"Ser vegano é mais que uma dieta, é um movimento político. Tudo bem você começar por querer evitar maus-tratos animais, por questões ambientais ou pela sua própria saúde, mas o que vejo é muitos adeptos parando nesse pensamento", avalia a influencer e ex-participante do Big Brother Brasil.

Para Hana, é preciso trazer para a discussão a indústria, a bancada agrária e como os setores tratam a pecuária como se ela não fosse nociva.

"Se tudo continuar como está - e acredito que seja irreversível - não estaremos aqui para ver o fim do mundo", diz ela, em referência ao aquecimento global e ao tempo de vida do planeta Terra.

“Virei vegana porque não conseguia conviver com a hipocrisia de ser carnista”.

Começou cedo no veganismo

Na adolescência, Hana Khalil encontrou vídeos no YouTube de uma ativista vegana e começou a se interessar pelo assunto, assistiu a documentários e leu livros, como o 'Alimentação sem Carne', de Eric Slywitch, para se informar a respeito. Sua principal crítica na época estava alinhada a um slogan do movimento vegano: "Se ama uns animais, por que come outros?".

Hana Khalil, influenciadora
Hana Khalil, influenciadora
Foto: @khalilhana

"As pessoas, literalmente, não param para pensar sobre o que elas estão colocando em seus corpos. Por isso, digo que o veganismo é político. Além de envolver causas, se trata do que estamos comendo e o que estão permitindo nos nossos alimentos. Não estou culpando o pescador ou o agricultor local, que caça e planta para sobreviver, mas as grandes indústrias que tratam os alimentos com negócio irrefreável e cada vez mais nocivo a nós", avalia.

Antes de parar de vez o consumo de qualquer produto de origem animal, Hana começou pelo vegetarianismo, etapa comum nessa mudança de comportamento. Nesse processo, a maior dificuldade que encontrou, segundo diz, foi quanto ao preparo da própria comida. Embora seus pais aceitassem que ela fosse adepta desse estilo de vida, eles não estavam dispostos a financiar uma alimentação diferente.

Apesar desse impasse dentro de casa, acentuado por sua inabilidade com a cozinha, Hana não hesita em afirmar que as maiores dificuldades que enfrenta como vegana são o preconceito e a pressão social. 

"É tudo sobre a pressão social, sobre aquela pessoa, amiga ou familiar, que te faz ingerir carne sem você saber, que faz brincadeiras e comentários do tipo: 'Ai, eu não viveria sem coxinha. Meu Deus, como você consegue ficar sem sushi?'. É como se as pessoas não aceitassem. Elas ficam irritadas por você não seguir o esperado", comenta, antes de lembrar: "Minha mãe mesmo dizia: 'Quanto tempo vai durar essa palhaçada?'".  

Hana Khalil, influenciadora
Hana Khalil, influenciadora
Foto: @khalilhana_

A influencer rejeita o veredito, embora tenha começado vegetarianismo sem acompanhamento médico. As consultas regulares com nutricionista começaram em 2021, quando foi diagnosticada com endometriose. Inclusive, no local, Hana conta que protagonizou duros embates com a equipe médica, pois não aceitava comer ovos ou carne.

"Eles diziam que eu ia não aguentar, que eu ia morrer se não comesse ovo, o que não faz sentido algum. O ovo, inclusive, faz mal para a nossa saúde. Um hospital de alto padrão que servia as melhores carnes, diferentes queijos, não ter opções veganas? Eu senti falta de alimentos anti-inflamatórios, senti falta de acolhimento, de uma cenoura, uma couve na alimentação, sabe? No fim, não comi e sobrevivi", destaca. 

Além de embaixadora da Veganuary, atualmente Hana Khalil é uma influenciadora forte dentro da causa, ela, inclusive já escreveu um livro sobre culinária vegana acessível, o 'Comida Khósmica'. Hana também apresenta o videocast Subversa Lab.

Fonte: Redação Terra
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