Joias para comer? Chef e joalheira criam peças em ouro e gelatina
Receita inusitada rende coleção de joias que pode ser, literalmente, devorada
Duas amigas: uma joalheira, outra cozinheira. Um belo dia, entre um assunto e outro, elas resolvem fazer uma collab unindo as respectivas expertises. O resultado dessa receita inusitada é uma coleção de joias que, literalmente, podem ser devoradas.
"Entendemos que a junção de joias e comidas sugere algo erótico, um adorno comestível e se ele é comestível, então pode estar sobre a pele e aí começamos a pirar nas ideias", conta Clarice.
A ideia das duas era brincar com o efêmero mas, ao mesmo tempo, criar algo que ficasse, que pudesse ser usado de outras maneiras. As joias, portanto, são de verdade. Cabeças de cobra feitas em latão e pedras semipreciosas. A corrente é banhada a ouro de origem certificada. Em algumas peças, há ainda peças de madeiras coletadas em praias por Regina - uma das marcas registradas de seu trabalho.
"As balas são feitas de gelatina, açúcar, corantes e sabores de origem natural, usamos óleos essenciais de cítricos nessa produção", explica Clarice. Os doces duram duas semanas e cada peça vem acompanhada de 3 balas de cores, sabores e formas diferentes. Clarice conta que as duas amigas fizeram uma pesquisa de formatos que remetem aos cristais, também muito presentes no trabalho da joalheira.
Tem, mas acabou...
Comem-se as balas, ficam os pingentes. Quem compra as joias, com valores entre R$ 950 e R$ 1050,00, tem quinze dias para ostentar os doces no pescoço ou comê-los. Mais Alice no País das Maravilhas, impossível. Quando as balas se vão, resta a joia — que guarda a bela lembrança do impalpável, do que desejamos e das inevitáveis transformações do movimento natural da vida.
As joias podem ser encomendas em visitas com hora marcada no ateliê da joalheira Regina Dabdab: 11 99912 4276. Instagram: @reginadabdab