Molho industrializado faz mal para a saúde?
Você tem o hábito de comprar molho pronto? Confira qual a melhor opção e se ele pode prejudicar sua saúde
Apesar de parecer um produto muito natural, o molho de tomate industrializado pode ser uma armadilha. Como ele não é natural, muitas opções disponíveis na prateleira do mercado são consideradas prejudiciais à saúde, pois possuem açúcares refinados, altos níveis de sódio, conservantes e corantes artificiais. O consumo excessivo desses ingredientes pode contribuir para problemas de saúde, como obesidade, diabetes, pressão arterial elevada e doenças cardíacas.
Além disso, muitos molhos industrializados contêm quantidades elevadas de calorias, gorduras e carboidratos, o que pode levar ao ganho de peso e a outros problemas de saúde associados à dieta inadequada.
No entanto, é importante lembrar que nem todos os molhos industrializados são iguais, e alguns podem ter ingredientes mais saudáveis em suas fórmulas. Ao escolher um molho industrializado, é importante ler os rótulos dos ingredientes com cuidado e escolher opções que tenham menos aditivos e ingredientes refinados.
Segundo a nutricionista Ingrid Krichinak, quando o assunto é molho de tomate, existem quatro produtos disponíveis em supermercados que parecem iguais mas que são muito diferentes entre si: o molho de tomate, o extrato de tomate, a passata de tomate e o tomate pelado.
“Aqueles molhos de tomate tradicionais não possuem só tomate, tem muitos outros ingredientes no meio, como açúcar, amido, conservante, óleo vegetal etc. Esses outros ingredientes podem prejudicar nossa saúde se consumidos em excesso ou dar aquela sensação de queimação”, explica ela. “É muito comum as pessoas relatarem que sentem gastrite e queimação, isso pode ser atribuído tanto à acidez quanto ao excesso de ingredientes”.
Já o extrato de tomate possui uma lista menor de ingredientes, somente açúcar, tomate e sal - vale lembrar que quanto menos ingredientes, mais natural o produto é -, por isso há menos aditivos, conservantes e açúcares, o que faz com que ele seja mais indicado para a nossa saúde.
“Se eu pego um tomate pelado, a composição é melhor ainda que o extrato de tomate, porque a lista de ingredientes é formada por tomate pelado, suco de tomate (que é apenas tomate batido) e ácido cítrico, um conservante natural. Então, é muito mais natural que os dois primeiros”, diz a nutricionista.
“E, por último, temos a passata de tomate, que é melhor ainda que o tomate pelado, porque sua composição é de tomate e sal. Exatamente por isso, é o mais utilizado em restaurantes italianos. Então, se eu for considerar pela qualidade, essa é a primeira opção”, aconselha.
De acordo com a profissional, apesar da passata de tomate ser a mais indicada, ainda é possível encontrar molhos de tomate que não contenham uma lista de ingredientes tão extensa. O importante é saber exatamente o que você está consumindo e procurar um produto com a menor lista possível.
Algumas marcas oferecem opções com menos açúcar e sal, além de ingredientes naturais e orgânicos. Você também pode optar por fazer seu próprio molho em casa, usando ingredientes frescos e naturais. Dessa forma, é possível controlar a quantidade de sódio e açúcar na receita, além de garantir que o molho seja completamente natural e saudável.
Em resumo, molhos industrializados podem ser sim prejudiciais à saúde, principalmente se consumidos em excesso e com frequência, mas há opções mais saudáveis disponíveis no mercado. O ideal é consumi-los com moderação e escolher marcas que utilizem ingredientes mais saudáveis em suas fórmulas.