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O salmão que você come é salmão de verdade? Veja como identificar

Médico explica as diferenças entre os peixes criados em cativeiros, livres e até às trutas, que muitas vezes são vendidas como salmão

1 ago 2024 - 13h03
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Será que você está consumindo o salmão de verdade?
Será que você está consumindo o salmão de verdade?
Foto: Freepik

O salmão é um peixe alaranjado bastante consumido no mundo todo e servido cru em restaurantes japoneses. Ele pode ser preparado de várias formas: frito, cozido, grelhado, temperado com ervas e molhos e acompanhado de legumes.

Com a popularidade do peixe, começou a surgir a dúvida, se todo o salmão vendido é "de verdade". O peixe silvestre é criado livre, nasce na água doce e, na fase adulta, migra para o mar de águas muito geladas, com temperaturas que variam entre 5º C e 7º C e só ali atinge a cor alanrajada. Ele é encontrado em locais frios como Alasca, Canadá e Noruega.

O peixe consumido no Brasil é criado em cativeiro, em gaiolas aquáticas, vindos, na maioria das vezes, do Chile. A cor laranja ocorre artificialmente, com carotenoides desenvolvidos em laboratórios para ficarem iguais aos naturais.

Além de garantir a cor idêntica ao dos salmões livres, a adição de carotenoides nas rações é fundamental para a saúde do animal. A substância é rica em antioxidantes que protegem as células, e contém ácidos graxos responsáveis por aumentar o tempo de sobrevivência do peixe.

Segundo o médico nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, o salmão, mesmo criado em cativeiro, tem suas particularidades nutricionais que ajudam a prevenir doenças cardiovasculares, doenças inflamatórias, e doenças autoimunes.

"Por outro lado, sem dúvidas que o salmão criado em cativeiro se alimenta de ração e não os crustáceos coloridos, assim como também possui uma quantidade menor de ácidos graxos ômega 3, comparativamente ao salmão criado na natureza", explica. 

Salmão ou truta?

Além do salmão criado em cativeiro, alguns locais vendes trutas que também passam por esse processo de coloração alaranjada através da alimentação.

O médico explica como o consumidor deve ficar atento para saber se está comprando um salmão verdadeiro ou uma truta. Segundo Durval, é importante que o consumidor possa identificar no rótulo a procedência do salmão, se foi criado em cativeiro ou livre - ou até mesmo se é uma truta.

"Os carotenoides presentes na alimentação do salmão são astaxantina e cantaxantina, que além de fazerem com que ele se torne laranja, são ricos em antioxidantes. Nesse aspecto, tanto o salmão quanto a truta salmonada, realmente têm essa característica. Mas é fundamental e essencial que, no caso da truta salmonada, ela seja identificada, através da rotulagem na embalagem, pois é proibido pela ANVISA que seja vendida como salmão, pois isso se constitui fraude", alerta. 

Faz mal?

Mesmo se for uma truta se passando por salmão, o que é ilegal, o médico afirma que esse consumo não é prejudicial à saúde. Estudos epidemiológicos demonstram que a ingestão de peixes, três vezes por semana, pode reduzir em 24% a chance de desenvolvimento de Diabetes Melitus tipo 2.

"O peixe é um alimento muito saudável e caracterizado, principalmente, por ter ácidos graxos de boa qualidade, além de vitaminas e minerais".

O nutrólogo também explica que a ingestão de peixe cru, seja salmão ou qualquer outro, irá depender, essencialmente, do manuseio desse produto alimentício, que envolve a sua cadeia produtiva, desde a pesca até a mesa do consumidor.

"Não há dúvidas de que há uma tendência maior a doenças gastrointestinais agudas, mais prevalentes com o peixe cru, comparativamente ao peixe grelhado ou cozido", conclui.

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Redação Degusta
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