Qual é o melhor negroni de São Paulo? Veja indicação de bartenders
Perguntamos para bartenders e mixologistas de SP sobre os melhores negronis servidos na cidade; confira as dicas, do clássico a releituras
O negroni, um dos drinques mais populares da coquetelaria mundial, é também um dos mais pedidos nos bares de SP. Feito com gin, vermute tinto e Campari, a bebida conquistou o paladar do público, mesmo sendo um coquetel de perfil mais forte.
A receita é simples, mas cada estabelecimento e bartender dá a sua cara para o drinque, com aspectos que podem tanto se aproximar da versão clássica como tomar diferentes rumos, com mudanças sutis nas proporções e ingredientes.
E se vamos falar de negroni, nada melhor ouvir quem conhece bem os caminhos para idealizar e executar bons drinques. A seguir, o Paladar conversou com bartenders e especialistas para responder uma única pergunta: qual é o melhor negroni de São Paulo?
Uma breve história do negroni
Antes das indicações dos especialistas, vale responder uma dúvida frequente: de onde surgiu o negroni? A exata origem do drinque é incerta, mas uma atribuição comum é feita ao conde Camilo Negroni, que teria solicitado ao barman Fosco Scarselli, por volta do ano de 1919, que criasse uma nova versão do Americano, coquetel que leva Campari, vermute e club soda.
O nome do drinque, então, seria uma homenagem a Negroni, tendo supostamente saído do bar Caffè Casoni para conquistar os balcões mundo afora.
Quais especialistas foram consultados para definirmos o melhor negroni de São Paulo?
- Alê D'Agostino, bartender do Guilhotina Bar;
- Alex Ferrer, chefe de bar speakeasy Infini;
- Ingrid Shindo, chef de bar do Virado;
- Stephanie Markinkovic, mixologista do Bar dos Cravos;
- Márcia Martins, bartender do Ella Fitz;
Márcia Martins indica: Negroni do Trinca Bar
Um dos elementos mais importantes de um bom negroni é o vermute tinto ou rosso, feito à base de vinho tinto e uma combinação de especiarias. Para a bartender Márcia Martins, os negronis do Trinca Bar se destacam justamente por esse aspecto.
"O Trinca, além de bar, também é vermuteria, ou seja, produzem vermutes próprios que são adicionados nos negronis, e esse é um dos fatores que destaca esse bar para mim", comenta Martins.
O negroni clássico (R$ 42), com vermute Punt & Mes, também está presente no cardápio, mas a bartender recomenda as versões com os vermutes autorais: o Negroni Trinca (R$ 39), que leva vermute tinto da casa, gin, bitter e amaro italianos e um leve toque de azeite; e o White Negroni (R$ 42), releitura que leva gin, vermutes brancos Trinca e Nolly Prat, amaro branco e bergamoncello.
Serviço:
Rua Costa Carvalho, 96 - Pinheiros. Instagram: @trincabar.
Alê D'Agostino indica: Negroni do Bar do Terraço Itália
Um dos endereços mais icônicos da cidade, no coração do centro da capital paulista, também apresenta uma boa versão do negroni, segundo depoimento do bartender Alê D'Agostino. "Eles fazem um negroni bem equilibrado e correto, tudo isso com uma das melhores vistas de São Paulo", comenta. O negroni de lá sai por R$ 59.
Serviço:
Endereço: Avenida Ipiranga, 344 - 41º andar - República. Instagram: @terracoitalia.
Ingrid Shindo indica: Negroni do Bar dos Arcos, Dentro Bar, Guarita e Gaspar
A chef de bar do Virado indica um pequeno roteiro de bares com bons negronis pela cidade. Além das boas versões presentes na carta do Bar dos Arcos, Guarita e Gaspar, a sua versão predileta está na carta do Dentro, que apresenta três versões do drinque: o nacional (R$ 49), que leva vermute tinto da Cia dos Fermentados, e o Dirty Negroni (R$ 49), nova adição à carta da casa que leva salmoura de tremoço e azeitona, e o importado (R$ 59) que é o seu favorito.
Esse último conta com Vermute Rosso Cinzano 1757, que se destaca na construção de um bom negroni para Shindo, por seu sabor característico de especiarias, como noz moscada, cravo e canela, figo, baunilha e frutas secas.
Serviço:
- Dentro Bar: Largo do Arouche, 77 - República. Instagram: @dentrobarsp;
- Bar dos Arcos: Praça Ramos de Azevedo, sem número - República. Instagram: @bardosarcos;
- Guarita: R. Simão Álvares, 952 - Pinheiros. Instagram: @guaritabar;
- Gaspar: Praça Dom José Gaspar, 42 - República. Instagram: @gaspar. sp;
Alex Ferrer indica: Pina Drinques e Boca de Ouro
Os negronis mais "diferentões" também vêm conquistando espaço nos balcões dos bares pela cidade. Alex Ferrer aprecia a tendência, e indica o 'Unusal Negroni' (R$ 32) de nome sugestivo e servido no balcão do Pina Drinques, com lillet branc, aperol e gim. "O drinque altera bastante a receita original, mas continua com alma de negroni", segundo ele.
"Se o assunto é o drinque clássico, para mim não tem jeito: eu voto com o coração no Boca de Ouro, que é onde eu tomei meu primeiro negroni há uns dez anos e continua melhor que nunca!", comenta o chef de bar do Infini.
Serviço:
- Pina Drinques: Rua Brigadeiro Galvão, 177 - Barra Funda. Instagram: @pina.drinques;
- Boca de Ouro: Rua Cônego Eugênio Leite, 1121 - Pinheiros. Instagram: @barbocadeouro;
Stephanie Marinkovic indica: Pina Drinques e Boca de Ouro
Stephanie Marinkovic, do Bar dos Cravos, também tem seu negroni predileto no Boca de Ouro, bar em Pinheiros conhecido pela criação do clássico coquetel Macunaíma. "Eu absolutamente amo o Boca de Ouro, os meninos lá tratam a gente com muito carinho", complementa. O drinque, com equilíbrio e bons ingredientes, também conquistou o paladar da especialista.
Serviço:
Rua Cônego Eugênio Leite, 1121 - Pinheiros. Instagram: @barbocadeouro;
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