Quanto custa comer no Rosewood São Paulo, melhor hotel da América do Sul?
Saiba o que comer no bar e nos 3 restaurantes abertos a não hóspedes
Desejado, sonhado e planejado, o Rosewood São Paulo nasceu em janeiro do ano passado. Converteu as ruínas da maternidade Condessa Filomena Matarazzo no 27º melhor hotel do mundo e também no melhor da América do Sul. Pelo menos é o que publicou há poucas horas, em Londres, o ranking 50 Best Hotels.
Nos arredores da Avenida Paulista, a grife hoteleira manteve a capela, instalou 160 quartos projetados pelo consagrado arquiteto francês Jean Nouvel e ambientados por Philippe Starck, distribuiu por tudo que é canto 500 obras de arte de 57 artistas e artesãos locais, inclusive pelos ambientes de suas seis propostas gastronômicas.
Aos não-hóspedes, além da isenção de pelo menos R$ 3000 pela diária, restam três restaurantes e um bar para conferir a elegância do serviço do hotel. Nesse aspecto, nenhuma refeição é tão simbólica para viajantes quanto o café da manhã, não é mesmo?
Vai daí que é impossível não sentir o chiquê num cafezão no Le Jardin. Quiçá, depois de uma missa intimista, na igrejinha do lugar. O combo chamado de paulista (R$ 160) traz suco de frutas, café, leite, chá, clássicos de padaria, queijos, embutidos, bowl de frutas e receitas sob medida para ovolotras, o que inclui shakshuka, beneditinos (presunto, salmão ou espinafre) e ovos mexidos com queijo de cabra, kale e salsa de trufas negras.
No entanto, vale dizer que o Le Jardin funciona 24 horas por dia, portanto, não vive só de desjejuns. Ali, serve-se também chá da tarde, almoço, jantar e, em qualquer horário, snacks, pizzettas e sanduíches. Sim, há entradas e pratos principais à disposição. Há também uma dica: se for um almoço em horário convencional, os appetizers do Taraz são imbatíveis.
Sugestão? O ceviche clássico com tucupi, cebola roxa, milho crocante, coentro, pimenta dedo-de-moça, batata laranja, chips de batata doce e biju (R$ 75), as empanadas de milho (R$ 40) ou de wagyu (R$ 50) e o choripanzinhos de cordeiro (R$ 40) constituem um banquete leve, que conta com assinatura do chef Felipe Bronze e que pode ser acompanhado por tacinhas de espumante ou rosés nacionais (R$ 55 cada).
Para um esquenta ou happy hour luxuoso, o Rabo de Galo é a pedida. Na época da inauguração, o bar ficou famoso por seu bolovo. Apelidado de bolove, ele implica um ovo orgânico de gema molinha envolto em massa de frango, perfeitamente empanado, coroado com crème fraîche e caviar. Se vale o hype e os R$ 135? Ele está no melhor hotel da América do Sul... e pode ser embalado por coquetéis autorais, como o peregrino de barcelos, um sour com gim brasileiro, soda de uva com manjericão e Chartreuse amarelo (R$ 65)...
Sim, todas as opções guardam seu glamour. É de se imaginar que no principal restaurante do Rosewood, o Blaise, a coisa não seja diferente. E não é. Sob os auspícios do chef Felipe Rodrigues, o menu já tem os próprios hits. A começar pelas vieiras grelhadas com legumes salteados, palha de mandioquinha e beurre blanc (R$ 150).
Dentre os principais, tornou-se incontornável o franguinho orgânico de TV (R$ 295 para dois), escoltado por dois molhos (cogumelos e hollandaise) e que pode acompanhar guarnições como arroz cremoso de jasmim, mousseline de abóbora com trufas negras, batata frita e ragu de aspargos.
Na sequência, as doçuras são feitas por um dos maiores nomes da confeitaria no país, Saiko Izawa. Um dos destaques é a tout chocolat (mousse e ganache de chocolates, biscuit de chocolate amargo e cachaça de amburana, R$ 65); outro, a guaca (sorbet de limão e coentro, creme de abacate, frutas verdes e azeite de ervas, R$ 62). Na dúvida em pedir um cafezinho, não custa avisar que ele costuma vir com uma madeleine à la française, amanteigada até dizer chega.
Rosewood São Paulo
R. Itapeva, 435, Bela Vista. Telefone: (11) 3797-0500