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Queijo Minas artesanal é declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco

Essa é a primeira vez que o comitê da organização internacional concede o reconhecimento a um alimento gastronômico brasileiro

4 dez 2024 - 17h32
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Modos de fazer o Queijo Minas Artesanal agora é Patrimônio Imaterial da Humanidade
Modos de fazer o Queijo Minas Artesanal agora é Patrimônio Imaterial da Humanidade
Foto: Reprodução/Instagram/@aqueijaria.sjdr

O Queijo Minas Artesanal foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco em cerimônia que aconteceu na manhã desta quarta, 4, em Assunção, Paraguai. É a primeira vez que o comitê da organização internacional concede o reconhecimento a um item gastronômico brasileiro. 

"Os ‘Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal’ simbolizam a rica diversidade cultural e os saberes tradicionais do Brasil, que conectam gerações e fortalecem a identidade das comunidades locais. A inclusão dos ‘Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal’ na Lista do Patrimônio Cultural Imaterial da UNESCO representa também um reconhecimento de sua relevância para o desenvolvimento econômico, inclusivo e sustentável", diz a Diretora e Representante da UNESCO no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto.

Nas últimas semanas, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, comentou a importância dessa votação, o que demonstra a "potência dessa expressão tão importante e simbólica" sobre o "Modos de Fazer Queijo Minas Artesanal".

"Os sabores brasileiros são uma de nossas muitas riquezas. Fazer queijo, culturalmente, traz consigo as características de um território e de seu povo", disse a ministra.

O Queijo Minas Artesanal é elaborado com técnicas desenvolvidas ao longo de três séculos e faz parte de uma importante atividade socioeconômica, que promove inclusão e desenvolvimento local, em especial da agricultura familiar. 

A produção artesanal do queijo minas se tornou patrimônio de Minas Gerais em 2002 e, em 2008, também ganhou o reconhecimento nacional pelo Iphan. 

Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente do Iphan, Leandro Grass definiu o título desta quarta como um "momento histórico para a cultura brasileira".  "Para além de um produto, da técnica, estamos valorizando as pessoas, os pequenos produtores de queijo. A política cultura l é um elemento para a sua preservação e valorização, mas precisamos de outras políticas", celebrous.

"A candidatura também reforça compromisso com o desenvolvimento sustentável, com a preservação socioambiental, porque esses produtores dependem da água limpa, da qualidade dos animais, do meio ambiente equilibrado", complementou.

Com o reconhecimento, o presidente do Iphan afirmou que serão dados próximos passos em prol dessa valorização do alimento. "A proposta de reconhecimento tem como objetivo dar visibilidade internacional a esse Patrimônio Cultural nacional, que é uma tradição há mais de três séculos não apenas em Minas Gerais, mas em todo o Brasil".

"O queijo é uma das coisas importantes de Minas, era o jeito de conservar leite no passado. Esse modo artesanal precisa ser resguardado", comentou Antônio de Salvo, presidente da Federação de Agronegócio de MG em entrevista ao jornal.

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Redação Degusta
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