Quem é José Andrés, chef filantropo que comanda a World Central Kitchen
Espanhol já foi eleito duas vezes como uma das 100 personalidades mais influentes do mundo pela revista TIME
Nascido na Espanha, José Andrés imigrou para os Estados Unidos em 1991, primeiro para Nova York e depois para Washington, onde ele e seus sócios estabeleceram um grupo de restaurantes que conquistou inúmeros fãs e prêmios ao longo dos anos.
Andrés, que aprendeu a cozinhar com os pais e posteriormente com o renomado chef Ferran Adrià, faz questão de manter a sua identidade de imigrante espanhol e de cidadão americano, colocando sobre si a responsabilidade de embaixador culinário e de imigrante representando as duas nações.
Classificado pela imprensa mundial como " visionário", José fundou com a esposa Patrícia Fernandez a World Central Kitchen em 2010 como um meio de alimentar pessoas em situação de vulnerabilidade, muitas vezes atingidas por catástrofes humanitárias.
A WCK ainda utiliza programas de formação culinária para capacitar comunidades e fortalecer economias locais, através de voluntários e de uma ampla rede de chefs renomados que trabalham para a organização.
José Andrés foi reconhecido diversas vezes por seu trabalho culinário e humanitário, inclusive pela James Beard Foundation - que o nomeou Melhor Chef: Mid-Atlantic em 2003 e como Humanitário do Ano em 2018.
A Revista "TIME", uma das mais influentes do mundo, incluiu Andrés na lista das 100 pessoas mais influentes em 2012 e 2018. O chef espanhol, atualmente diretor de alimentação e membro do conselho administrativo da WCK, também ganhou a Medalha Nacional de Humanidades, concedida pelo então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em 2015.
E as conquistas de Andrés não param por aí, o chef ainda possui duas estrelas Michelin por seu balcão de degustação em Washington, DC, bem como quatro Bib Gourmands - uma classificação que reconhece estabelecimentos agradáveis que servem boa comida a preços moderados.
Recentemente, a organização, que é uma das principais fornecedoras de ajuda alimentar na Faixa de Gaza, anunciou que estava interrompendo todas as suas operações no local após um bombardeio israelense matar sete trabalhadores do grupo.
O grupo afirma que opera 68 "cozinhas comunitárias" na Faixa Gaza e já enviou mais de 1,7 mil caminhões carregados com alimentos e equipamento de cozinha em quase seis meses de guerra.