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Cerveja Guinness leva fluido de peixe em fórmula

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<p>Muitas empresas estão fazendo uso de gelatina em vez da substância retirada do peixe</p>
Muitas empresas estão fazendo uso de gelatina em vez da substância retirada do peixe
Foto: Reprodução

Vegetarianos que curtem cerveja vão riscar da lista a famosa Guinness. O blog especializado em comidas e bebidas Smithsonian publicou que a famosa bebida irlandesa leva cola de peixe, uma substância extraída da vesícula do animal.

A cola é usada em um das etapas de filtragem, quando partículas sólidas e outras sobras precisam ser retiradas no líquido. A adição do produto de origem animal acelera esse processo, pois reúne todos os dejetos numa camada gelatinosa, o que torna mais fácil a retirada dos restos e a finalização da cerveja.

Segundo informações do blog, não é uma prática nova, mas muitas empresas estão fazendo uso de gelatina em vez da substância retirada do peixe. A Guinness mantém seu processo de fabricação igual desde sua criação, em meados no século 19. O ingrediente, no entanto, não aparece no rótulo, tampouco em outras informações sobre a bebida.

O Smithsonian relembra ainda que no ano passado o blog Barnivore, dedicado a bebidas vegetarianas, entrou em contato com a Guinness e obteve como resposta que "a Guinness Black Lager não é produto para vegetarianos". Pouco tempo depois, a empresa enviou mais esclarecimentos, confirmando o uso da cola de peixe: "Em resposta à sua questão, usamos cola de peixe, um subproduto da indústria de pesca, para filtrar todas as cervejas Guinness. O produto é largamente usado na indústria cervejeira e é extensivamente refinado antes disso. O único propósito é usá-lo com agente de filtragem para ajudar a remover dejetos da bebida, mas aceitamos que traços mínimos da cola podem ficar no produto acabado".

E a empresa continua: "estamos muito satisfeitos com a perfomance técnica da cola de peixe, mas temos consciência de que pode representar uma barreira para o consumo de nosso produtos. Como parte dos nossos esforços constantes para melhorar a fabricação dos nossos produtos, estamos buscando alternativas. Até o momento, não encontramos substituto tão eficiente e ecologicamente correto", dizia comunicado datado de novembro de 2012.

Fonte: Ponto a Ponto Ideias Ponto a Ponto Ideias
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