Trezentos rótulos de cervejas nacionais e internacionais fazem parte da carta da segunda edição do Beer Experience 2012, evento que acontece, nesta sexta-feira (5) e sábado (6), em São Paulo. Segundo a organização, é esperado um público de 5 mil pessoas, mais que o dobro de 2011, ano em que 2 mil pessoas consumiram 3,3 milhões de litros de cerveja.
Nesta edição, o número de expositores dobrou e, entre os 40 que estão por lá – desde cervejarias, importadoras, distribuidoras, clubes cervejeiros e até um hostel – destaque para as cervejas artesanais, as microcervejarias brasileiras e os rótulos estrangeiros, especialmente os belgas e ingleses. Os preços dos copos e das garrafas da bebida começam em R$ 7 e podem chegar a R$ 50, uma garrafa, ou até mais de R$ 100 pelos kits.
Entre os rótulos nacionais, ganha destaque o estande da Wäls, cervejaria de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Eles trouxeram oito estilos diferentes da bebida, como a Witle, cerveja de trigo que leva laranja da terra, pimenta da Jamaica e especiarias. Para o público masculino, o mestre cervejeiro da empresa, José Felipe Carneiro, garante que a Petroleum faz sucesso. De cor marrom bem escura e textura mais concentrada, ela é maturada com cacau extra bruto e tem 12% de teor alcóolico. “Essa cerveja é a queridinha do Brasil”, contou ao Terra. A mais pedida, de acordo com ele, é a Tripple, que com 9% de álcool, tem casca de laranja da pérsia e coentro.
Além das tradicionais Colorado, Cervejaria Nacional e Invicta, outra opção brasileira é a Dama Bier, que trocou recentemente os rótulos das garrafas e entre outros estilos, expõem produtos feitos com banana e cacau, além do tradicional chopp inglês.
Cerveja sustentável e produtos personalizados são alguns dos destaques internacionais
Entre as dezenas de rótulos internacionais, destaque para os belgas, que chamam mais atenção dos visitantes. No entanto, vale aproveitar a promoção da cerveja dinamarquesa Faxe, que tem latão de um litro, e está sendo vendida por R$ 15. A lata mais uma caneca de vidro sai por R$ 50.
O produto da cervejaria californiana Anderson Valley, apesar da qualidade, não tem sabores ou aromas diferenciados, a não ser o modo de fabricação da cerveja. Adeptos da sustentabilidade, a cervejaria é um exemplo de cuidados com o meio ambiente e, em sua fábrica, usa energia solar, reciclagem e até distribui o chopp para os locais mais próximos usando cavalos.
Já a mexicana Duff, que ganhou fama ao ser consumida pela personagem Homer Simpson, lançou na feira produtos que vão muito além de um gole de cerveja. Baldes, luminosos, canecas, descansos de copo, chaveiros, entre outros produtos personalizados estão à venda.
Monte seu pub e receba cerveja pelo correio
Depois das cervejarias e distribuidoras, dois clubes cervejeiros – Cerveja Store e Have a Nice Beer – além de venderem as bebidas também oferecem outros atrativos, como assinatura de convênios para receber cervejas em casa mensalmente. A Cerveja Store, por exemplo, lançou na feira um serviço de criar o próprio pub em festas, no qual o cliente escolhe as cervejas que gostaria de servir. Segundo o responsável pela loja, Rafael Sacomani, o serviço foi recentemente contratado para animar ainda mais a festa de 40 anos de Reynaldo Gianecchini, que deve acontecer nos próximos dias. Ele contou que devido a descendência italiana do ator, cervejas típicas do país europeu serão servidas no pub exclusivo.
Outro estande que vale a pena conhecer é o do Escambo Hostel, que levou para a feira as cervejas fabricadas na capital paulista e no estado de São Paulo que normalmente são servidas para os visitantes estrangeiros. O cardápio da cozinha do local também está disponível.
Rock + cerveja
O público majoritariamente masculino que circula pelos estandes ouvindo clássicos do rock pode também, entre as paradas, petiscar comidas de boteco. Nas barracas, especialistas explicam as características das cervejas, o que atrai a atenção dos mais experts e impressiona os menos conhecedores.
Pensando nisso e nas novidades que a feira traz, o casal curitibano Thiago Vendramin e Andrea Huchser veio até São Paulo conhecer o evento. “No ano passado, já tínhamos interesse em vir, mas não deu por causa da data. Viemos para ver o que tem de novo”, contou Thiago, que é mestre cervejeiro no Paraná. “Nós viajamos atrás destes festivais”, comentou. “Ainda não fomos para fora do país atrás de cerveja, mas está nos planos”, emendou Andrea.
Eles já passaram por cidades como Porto Alegre e Blumenau em festivais deste tipo e acham interessante também conhecer as microcervejarias de São Paulo que não chegam até o sul do país. “Sempre que viajamos procuramos as cervejas locais”, disse Thiago.
Já os irmãos Gustavo e Daniel Pisatti estavam pela segunda vez no Beer Experience e comentaram sobre a melhora da estrutura. “Esse ano tem mais variedade, o espaço é bom também”, disse Daniel. Os dois estavam acompanhados do amigo Josué Neves, que visitava a feira pela primeira vez. “Evento com cerveja artesanal é a melhor coisa que fui”, contou.
As amigas Mayara Campo e Selma Vequi gostaram de apreciar as cervejas, mas estavam mais interessadas no show da banda Velhas Virgens. “Minha amiga me chamou e vim porque combina as duas coisas: Velhas Virgens e cerveja”, contou Mayara.
Entre as atrações musicais, show das bandas Cracker Blues e Velhas Virgens na sexta-feira (5) e, no sábado (6), sobem ao palco The Strong Golden Ales, Os Transtornados do Ritmo Antigo e a banda mais esperada, Raimundos.
Sobre o evento
O Beer Experience acontece no Espaço Villa Lobos, em São Paulo, e traz uma carta de cervejas com produtos vindos de lugares como Rússia, Bélgica, Alemanha, Ilhas Fiji, Austrália, Espanha, entre outros países. Entre as nacionais, destacam-se 50 rótulos brasileiros.
Nesta edição, o ingresso funciona como uma comanda de consumação pré-paga que pode ser carregada na festa para o consumo de bebidas e comidas. Além da entrada, o ingresso dá direito a uma cerveja por dia (na sexta-feira, Wäls ou Way, e, no sábado, Brooklin) e um copo de acrílico.
Vale lembrar que, além dos cartões de crédito e débito, os visitantes devem levar dinheiro, já que até a metade da noite desta sexta-feira (5), os sistemas eletrônicos para venda de bebidas não estavam funcionando. Os convites antecipados comprados nos pontos de venda e online custam R$ 50. Na porta do evento, os ingressos passam a custar R$ 50 + 1 Kg de alimento ou R$ 70.
A sétima edição do Espaço café Brasil, a maior feira do setor da América Latina, reuniu cerca de 80 marcas no Expo Center Norte, em São Paulo. No evento, que vai até sábado (6), as empresas apresentam as novidades e o melhor de suas produções. Confira alguns rótulos de cafés especiais encontrados na feira
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
Nova no mercado, a Terroá Cafés Especiais produz na Chapada Diamantina, na Bahia. O café utilizado pela marca vem das plantações mais altas do Brasil, situadas entre 1.200 e 1.600 metros acima do mar. São três variações bem aromatizadas com diferentes tipos de torrefação: o Sol Amarelo, mais delicado e suave, Vento Norte, médio, e Terra Vermelha, um café mais encorpado e forte. Preço médio: R$ 20, por 250g
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
O café Jaccu Bird, da Camocim organic, já causou muita polêmica. O café super premium, considerado o mais raro do Brasil, é selecionado no pé pela ave Jacu, passáro que se alimenta de grande quantidade de café. Uma vez que comeu os frutos, o Jacu elimina os grãos, que são colhidos manualmente pela equipe da fazenda, sendo secos, limpos e, após um período de descanso, torrados para consumo. A fazenda Camocim trabalha com agricultura orgânica e está localizada na região das montanhas do Espírito Santo. Preço médio de R$ 129, por 250g
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
Além do rótulo próprio com certificação da Brazil Specialty Coffe Association, a Braúna ainda produz rótulos em parcerias. A fazenda está localizada na região da matas de Minas Gerais e possui plantas da variedade arábica. Preço médio: R$ 15, por 250 g
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
A marca Braúna também fechou parceria para a produção do primeiro licor de café especial do Brasil. A cachaçaria Vale Verde é responsável pelo 1727, nome dado em homenagem ao ano de início da indústria cafeeira no país. Preço médio: R$ 70 a garrafa de 700 ml
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
Tradicional marca, a Baggio apresenta uma variedade grande de café. O Baggio Bourbon é uma versão gourmet 100% Arábica. Este café especial é torrado artesanalmente, criando diferentes notas gustativas. Preço médio: R$ 50 por kg
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
Já o Baggio Gourmet Cerrado Gran Reserva é produzido no cerrado mineiro e possui cor achocolatada, textura consistente e aroma frutado. Preço médio: R$ 50 por kg
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
A Baggio também possui uma linha de cafés aromatizados nas versões chocolate com menta, amaretto, limão, chocolate trufado, caramelo e açaí. Preço médio: R$ 10 por 150 g
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
O café Fazenda Mantissa é um estate coffe, ou seja, com grãos produzidos em uma única fazenda no Sul de Minas. A fazenda fica em altitudes acima de 1.260 metros e faz um café gourmet de origem controlada. Preço médio: R$ 6,79 por 250 g
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
A Ateliê Café produz diversos blends de cafés produzidos na Fazenda Daterra do Grupo DPaschoal, na região do cerrado mineiro e da Mogiana. Entre os rótulos, está o Bourbon Collection, que possui aroma floral, acidez cítrica e corpo achocolatado. Preço médio: R$ 27,50 por 500 g
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
A Ateliê Café trabalha com torra sob encomenda, o processo acontece apenas às terças e quintas. O café Bruzzi, com notas de chocolate, custa R$ 24,10 (500 g); o São João, produzido apenas com grãos mocca, é o mais barato da marca, custando R$ 17 (500 g); o Bourbon Yellow, ganhador do melhor café para moka pela revista Espresso, custa R$ 26 (500 g); o Orgânico custa R$ 34 (500g); e o Sweet Collection, com sabor delicado de baunilha, custa R$ 27,50 (500 g)
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
O café Madame Dor Ouro do Cerrado é feito de Bourbon amarelo. Ele é uma edição especial, 100% arábica, da marca Madame Dorvilliers. Preço médio: R$ 20,30 por 250 g
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
O Madame Dorvilliers foi premiado pela ABIC como o melhor café do Brasil
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
A Madame Dorvilliers ainda possui os rótulos Café Gourmet e Specialty Café
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
A marca internacional La Marzocco comercializa diferentes tipos de cafés orgânicos produzidos em Minas Gerais. Entre eles está o Bourbon vermelho, produzido em Santa Terezinha. Preço médio: R$ 180 por kg
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O Florais do Sertão, do Café do Moço, é um orgânico selvagem produzido no sertão de Pernambuco. Preço médio: R$ 80 por kg
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
O Café Gourmet Santa Monica é um premium, 100% arábica. A empresa comanda todo o processo, desde a plantação em fazendas do sul de Minas Gerais, passando pela trorrefação, até chegar ao cliente final e também oferece treinamento e cursos para baristas. Preço médio: R$ 32 por kg
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
Vencedor do prêmio Cup of Excellence de 2011, o Café Orfeu é produzido em fazenda em Sertãozinho, sul de Minas Gerais. Ele é um café gourmet 100% arábica de origem controlada. Preço médio: R$ 60 por kg
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
Segundo colocado no prêmio Cup of Excellence 2011, o Lucca Fazenda Senhor do Bonfim é uma edição limitada. O grão é produzido na Bahia é cultivado a 1.260 metros de altitude. A empresa ainda comercializa diversos rótulos de café especiais, como os também premiados Fazenda Grota São Pedro e Fazenda Bateia. Preço médio: R$ 35 por 250 g
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
Os cafés da Fazenda Baú podem ser rastreados para garantia de procedência. Os pacotes dos cafés especiais possuem um código que pode ser consultado pela internet, revelando a descrição completa do produto, da fabricação à distribuição.
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O Grenat, produzido na Fazenda Baú, no cerrado mineiro, é um café 100% arábica. A marca possui microlotes que formam edições limitadas. Preço médio: R$ 26 por 250 g
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
A Fazenda Baú também possui uma marca própria de café 100% arábica. Preço médio: R$ 20 por 250g
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
O café gourmet Dona Mathilde é produzido na Fazenda Recreio, em São Sebastião da Grama, na divisa de São Paulo e Minas Gerais, que pertence à mesma família desde os anos 1890. O produto já ganhou diversos prêmios como o Cup of Excellence, o Concurso Estadual de Qualidade Café de São Paulo, e o Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café. Preço médio: R$ 38 por kg
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
Marca conhecida de cafés especiais, a Suplicy faz a torra artesanalmente. Os grãos vêm de diferentes regiões e recebem torrefação clara, média e escura. Além disso, a empresa possui versão orgânica e descafeinada e ainda comercializa microlotes especiais. Preço médio: de R$ 17 a R$ 25 por 250g
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
Com uma tradição familiar de mais de 100 anos na produção de cafés finos, a Spress decidiu disponibilizar a produção, antes destinada somente à exportação, para o consumo no Brasil. A empresa tem fazenda própria e possui diversos rótulos, como o café tradicional Bourbon Amerelo, o orgânico e descafeinado. Preço médio: R$ 17 por 250 g
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
O Vale do Caxixe trabalha com microlotes de cafés especiais. A produção de cada tipo é de cerca de 10 sacas. O produto é sempre moído na hora para venda. Preço médio: R$ 10, por 250 g