Chocolate faz sucesso, esta é uma das grandes verdades do mundo da culinária. Além das crianças que gastam todas suas moedas nos mercados e as mulheres que enlouquecem por uma barra, grandes nomes da história mundial também se renderam ao doce feito de cacau. O filósofo Voltaire não abria mão de um chocolate quente no café da manhã, Napoleão Bonaparte decretou o seu consumo para as tropas, pois dizia que o produto estimulava a inteligência, e a rainha da França Maria Antonieta tinha um chocolateiro pessoal só para ela.
O chocolate já foi moeda de troca, valia dinheiro, era considerado mania de ricos e nobres e, hoje, é uma iguaria para todas as idades e classes sociais. Uma das marcas mais famosas no mercado nacional, a Lacta completa 100 anos em 2012 e comemora a data com o lançamento do Lacta Bombom, uma caixa com 16 unidades com recheio de chocolate ao leite cremoso.
Em um século de história da marca, chocolates ganharam a preferência de crianças e adultos e marcam décadas de aniversários nas gondolas de bares e supermercados. Além do Confeti, dos ovos de Páscoa, do Lancy e do Ouro Branco, outros doces nunca deixam de ter fãs.
Diamante Negro
Além do clássico chocolate ao leite, o Diamante Negro, lançado em 1938, tem um vasto número de seguidores. Feito com mais chocolate negro do que o usual, tem cristais crocantes preparados com castanha de caju e mel que demoram mais para dissolver na boca.
Seguindo as tendências da época, o nome do chocolate foi inspirado no craque Leônidas que, na Copa do Mundo daquele ano, realizada na França, ganhou o título de melhor jogador do torneio fazendo sete gols em quatro jogos e mostrando ao mundo o gol de bicicleta. Ele era apelidado pelo imprensa e torcedores como diamante negro e diamante eterno.
Sonho de Valsa
Lançado em 1942, o primeiro bombom da marca – este tipo de doce era considerado mais fino e caro – teve grande apelo de propaganda nas rádios da época e foi ao mercado sob o som da música Se acaso você chegasse, de Cyro Monteiro. Vendido principalmente em bombonières e consumido pelas mulheres, surgiu com o slogan “saboreie um bombom com sua namorada”. Este tipo de propaganda é característico até hoje nos comerciais do chocolate. O bombom é preparado com bolachas wafer em formato moldado, massa de castanha de caju como recheio e duas camadas de chocolate por fora, uma de meio-amargo e outra ao leite.
Laka
O chocolate, uma referência do bombom branco no mercado, foi lançado em 1962 e, como não é possível fazer o doce sem o cacau, ele é preparado a base da manteiga de cacau em grande quantidade, misturado com açúcar, leite e baunilha.
BIS
O minichocolate chegou ao mercado em 1942 e o nome é justamente uma referência ao conceito de que é impossível comer apenas um. Feito para agradar especialmente as crianças, é preparado com quatro camadas de wafer intercaladas com chocolate ao leite, amendoim, flocos de arroz e malte.
A cada ano os chefs de todo o mundo tentam inovar na gastronomia típica de seus países e torna-la ainda mais atraente. O carvão comestível e o caldinho de feijão com café são apenas alguns dos pratos exóticos que alguns chefs mostram na nona edição da Semana Mesa SP, realizada no Senac Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, de 5 a 9 de novembro
Foto: Léo Pinheiro/Terra
O chef Claudemir Barros, do Vila Bistrô, no Recife, é o grande inventor do chamado carvão comestível, que na verdade é uma macaxeira, ou mandioca, pintada com tinta de lula
Foto: Léo Pinheiro/Terra
"Fui para Espanha há dois anos e quando chegamos vi os chefs trabalhando muito com tinta de lula. E lembrei que na frente da minha casa, na minha infância, um senhor fazia carvão para sustentar a família", contou o chef pernambucano
Foto: Léo Pinheiro/Terra
"O que é mais parecido com a madeira (que vai se tornar carvão) é a macaxeira, por conta das várias cavas. Fizemos o teste e o resultado foi perfeito", explica Claudemir
Foto: Léo Pinheiro/Terra
Mas o trabalho não é tão simples quanto parece. Após cozinhar a macaxeira apenas com água e sal, o chef pinta essa mandioca com a tinta da lula e volta ao forno para secar
Foto: Léo Pinheiro/Terra
Depois disso, é feita uma infusão com gelo seco com aromatizador para que dê o aspecto defumado e se pareça ainda mais com o carvão. O prato é servido com charque e purê de mandioca
Foto: Léo Pinheiro/Terra
Claudemir afirma que o objetivo foi trazer de volta à tona a rústica culinária pernambucana com seus principais ingredientes, a mandioca e o charque. "São ingredientes antigos que você pode transformar com apenas com uma tinta de lula. Isso deve ser uma cozinha verdadeira, melhorar o ingrediente, fazer ficar mais forte, mais reconhecido", explicou
Foto: Léo Pinheiro/Terra
Outro típico prato brasileiro foi modificado pelo chef Fábio Lazzarini, do restaurante Intermezzo. Fábio pegou dois grandes amores do brasileiro e criou o caldinho de feijão com café
Foto: Léo Pinheiro/Terra
"O caldinho de feijão me lembra um pouco o gosto tostado do café e no meu paladar combinou bastante. Eu finalizo com café expresso e coloco pó de café", afirmou Fábio, que explica ainda que é possível tomar/comer o prato em forma de purê ou até de sopa
Foto: Léo Pinheiro/Terra
Mas não são apenas pratos exóticos que são mostrados na feira. Apesar de ser bastante tradicional no Peru, o pisco com leche de tigre, mais conhecido como leche de tigre alcoólico, é bastante comum no país vizinho. O curioso é de que maneira isso é feito
Foto: Léo Pinheiro/Terra
O chef Kenji Shiroma, do restaurante Killa, em São Paulo, explica como os peruanos consomem o pisco alcoólico. "O leche de tigre é consumido junto com o ceviche (peixe cru com cebola e coentro) e contém gengibre, alho, cebola e limão. Após o cidadão comer o ceviche, um caldo desse peixe e o resto do leche de tigre fica no prato. Então o peruano coloca pisco e toma", explicou o chef peruano
Foto: Léo Pinheiro/Terra
O chef Arturo Frank preparou seu pudim especial
Foto: Léo Pinheiro/Terra
O arroz goiano foi outro prato feito para o evento
Foto: Léo Pinheiro/Terra
O bolinho de tapioca e goiabada também fez parte do menu
Foto: Léo Pinheiro/Terra
O presunto com cachaça foi outra combinação ousada
Foto: Léo Pinheiro/Terra
O filé com manteiga de wassabi em cama de rolinho primavera foi mais uma delícia da feira gastronômica
Foto: Léo Pinheiro/Terra
O Steak tartare também fez sucesso
Foto: Léo Pinheiro/Terra
O típico mexidinho também ganhou cara nova no evento
Foto: Léo Pinheiro/Terra
Entre os petiscos também havia novidades como o camarão com quiabo