Uruguai: veja 10 comidas e bebidas do país para provar
Além das carnes da famosa "parrilla", vinho e sobremesas com doce de leite surpreendem
O Uruguai não tem um chef famoso para propagar sua gastronomia. Tampouco um restaurante eleito entre os melhores do mundo. Mesmo assim, a parrilla do país começa a fazer sucesso com seus bons cortes de carnes assados e macios no ponto certo - inclusive cortes brasileiros como a picanha.
As carnes, no entanto, são só o começo. Também é preciso provar o puchero – uma mistura de carnes que lembra a nossa feijoada no modo de servir e em sua tradição, mas não leva feijão. Já para os fãs de doces, o doce de leite é apreciado não só em sua versão pura, como também vira mousses e flans.
Entre as bebidas, esqueça a cerveja Norteña. Apesar de comum no Brasil, ela não é encontrada nos bares e restaurantes do país, e são os brasileiros que procuram pela marca. Em vez de insistir procurando, prove a Patricia, essa sim vendida em diversos estabelecimentos uruguaios.
Experimente também o vinho de uva Tannat, que já se tornou símbolo do Uruguai. O clericô e a sangria, bastante comuns no sul da América e inclusive no Brasil, também são encontrados facilmente no país.
Confira, a seguir, uma lista de comidas, bebidas e doces inesquecíveis que fazem sucesso no país vizinho – e, cada vez mais, entre os brasileiros que visitam o local.
Parrilla e asado de tira
O churrasco uruguaio é sempre preparado na grelha e oferece muitas opções de cortes. Chorizo e ojo de bife, comuns na Argentina; o francês entrecôte e ainda os queridinhos dos brasileiros filé mignon e picanha podem ser consumidos nas parrillas do país. Ainda há as morcillas (linguiças de origem espanhola) e cortes mais exóticos.
Mas a estrela do churrasco uruguaio é o asado de tira – costela assada e servida em ponto um pouco mais mal passado do que os brasileiros estão acostumados a ver. O rosado da carne não assusta e, para ficar com essa cor, é preciso deixar a carne na churrasqueira por 15 min de cada lado. A costela típica uruguaia é cortada de maneira que os ossos ficam estreitos, todos do mesmo tamanho.
Em visita ao Uruguai, não deixe de visitar uma parrilla mais familiar – certamente vale a experiência, seja pelo clima aconchegante ou pelo preço acessível.
Puchero
É uma mistura de diversos ingredientes e carnes, que lembra a nossa feijoada brasileira no modo de servir e pelas raízes populares, mas não leva feijão. Linguiça, panceta, choriço, verduras e caldo compõem o prato, que exige cerca de 4 h para ser preparado e cai bem no inverno. Tradicional no Uruguai, a origem do cozido é espanhola.
Chivito
É um sanduíche encontrado praticamente em “qualquer esquina” do país. O pão é recheado com carne, queijo, presunto, ovos e maionese, basicamente. Mas há variações que incluem salada e bacon, por exemplo, e costuma ser servido com batata frita. Confira aqui uma opção de receita do chivito uruguaio.
Doce de leite
O doce de leite uruguaio é mais encorpado e escuro do que o comumente feito no Brasil. Assemelha-se ao doce de leite argentino, já conhecido dos brasileiros após a “invasão” turística a Buenos Aires em seus bons tempos de preços baixos. Duas marcas são bastante famosas e facilmente encontradas em Punta Del Este, principal ponto turístico do Uruguai: Lapataia e Conaprole.
Mousse de doce de leite
A delícia pode ser encontrada na versão mais caseira ou industrializada. Também vendida em supermercados, como outras lácteas, a sobremesa alia o sabor do doce de leite mais escurinho e encorpado do Uruguai à textura leve e aerada de uma mousse. O doce de leite também pode virar flan no Uruguai.
Alfajor
A fábrica De Las Sierras de Minas já fez um alfajor de 440 kg e bateu o recorde de maior alfajor do mundo, colocando o Uruguai no Guiness com a sobremesa. Pelo menos no tamanho do alfajor, os uruguaios passaram os argentinos. A marca De Las Sierras de Minas é bastante popular no país e produz o alfajor nas versões cobertas com chocolate ou açúcar. A mesma fábrica
Cerveja Patricia
Duas marcas de cerveja uruguaias já são conhecidas por muitos brasileiros. O único detalhe é que uma delas, a Norteña, não é encontrada em bares e restaurantes do Uruguai. Indo ao país, prove a Patricia, que tem sabor bastante leve e, essa sim, é comumente vendida em estabelecimentos uruguaios. Desde 2008, é comercializada também no Brasil, pela Ambev.
Vinho Tannat
A produção de vinhos no Uruguai tem crescido nos últimos anos e, cada vez mais, a uva Tannat está para o país assim como a Malbec está para a Argentina. Apesar de sua origem francesa, foi no Uruguai que a uva Tannat “pegou” e se tornou característica do país. Comercialmente, ao se tornar um emblema, a uva ajudou a aumentar a exportação dos vinhos uruguaios, já que outras uvas, como merlot, são comuns em vários países.
Clericô e sangria
Ideal para o calor, o clericô é feito com vinho branco do tipo chardonnay e frutas diversas e mais doces, incluindo uva, banana e pera. Já a sangria é preparada com vinho tinto e frutas mais ácidas: morango, maçã, laranja e limão.
De tão diferente, inesquecível?
Glândula do boi
A tradição gaúcha é aproveitar o máximo possível do gado – não só quem mora no Rio Grande do Sul é gaúcho e sim os habitantes da região dos Pampas. E a glândula do boi, iguaria servida nas parrillas do país, prova isso. Este item vem como “desafio” aos que tiverem coragem, o que, aliás, quem escreve esta lista não ousou ter.
O Terra preparou a lista de comidas ao viajar para o balneário Punta Del Este, a convite do Hotel e Cassino Conrad.