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Ricardo Castilho, fundador da revista Prazeres da Mesa, morre aos 59 anos

O jornalista gastronômico, um dos maiores especialistas em vinhos do País, deixa um importante legado para a gastronomia brasileira

18 jun 2024 - 09h25
(atualizado às 15h50)
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A gastronomia brasileira está em luto. Morreu na manhã desta terça-feira (18), em São Paulo, o jornalista gastronômico Ricardo Castilho. Diretor editorial e um dos fundadores da revista Prazeres da Mesa, publicação de grande importância para o segmento de gastronomia no País, ele tinha 59 anos e sofreu um infarto agudo do miocárdio.

Castilho iniciou a sua carreira profissional em 1985, como assessor de imprensa do Fundo Social de Solidariedade. Depois, ingressou na Editora Abril, onde atuou como repórter e editor da revista Playboy. Foi neste período que ele começou a produzir reportagens sobre gastronomia e mergulhou no mundo dos vinhos, que eram a sua grande paixão (ao lado do Palmeiras, diga-se de passagem). O jornalista era membro das confrarias de vinhos do Alentejo, Dão e Vinho do Porto, em Portugal, além de cavalheiro da confraria de Champagne, na França.

Ricardo Castilho e sua esposa, Claudia Esquilante
Ricardo Castilho e sua esposa, Claudia Esquilante
Foto: Arquivo pessoal/ Divulgação / Estadão

Em 2003, ele criou o projeto da Prazeres da Mesa, da qual era sócio ao lado de sua esposa, Claudia Esquilante, e do casal Mariella Lazaretti e Georges Schnyder. Também foi um dos idealizadores da plataforma Mundo Mesa, com a qual realizou diversos eventos gastronômicos, entre congressos e aulas de culinária, de norte a sul do Brasil. O maior deles, a Semana Mesa São Paulo, trouxe ao Brasil alguns dos chefs mais importantes do mundo, como os espanhóis Ferran Adrià e Quique Dacosta, o francês Michel Bras, além dos peruanos Gastón Acurio, Virgilio Martínez e Pia León.

Conhecido por sua competência, por sua ética profissional e pela generosidade, revelou inúmeros talentos da gastronomia nacional, além de trazer aos holofotes diversos produtores artesanais. Querido pelos colegas do meio, tinha um senso de humor afiado e era um grande contador de histórias. Castilho deixa a esposa, Claudia Esquilante, e os filhos, Ricardo Júnior, Carolina e João Paulo.

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Estadão
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