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Rolha ou rosca? Por que as garrafas de vinho são fechadas de formas diferentes?

21 fev 2024 - 12h25
(atualizado às 12h25)
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A rolha é o método mais antigo e tradicional de vedar as garrafas de vinho. 
A rolha é o método mais antigo e tradicional de vedar as garrafas de vinho.
Foto: iStock

É comum encontrar vinhos vedados com rolhas e também com tampas roscas no mercado. Muita gente fica na dúvida se a vedação está diretamente ligada à qualidade do vinho.

Degusta conversou com o sommelier  e consultor de vinhos, Arlindo Brito, para entender as diferenças e porque as garrafas são fechadas de forma distinta.

Segundo o profissional, tem sido cada vez mais comum encontrar vinhos vedados com roscas já que a rolha é feita de cortiça, um material esponjoso extraído da casca do sobreiro, uma árvore típica da região mediterrânea que está em extinção. A casca é extraída a cada 10 anos.

"A cortiça tem a vantagem de ser impermeável, elástica e resistente, além de permitir uma micro-oxigenação do vinho, que é importante para o seu envelhecimento", diz Arlindo.

A rolha é o método mais antigo e tradicional de vedar as garrafas de vinho. 

"Ela começou a ser usada no século XVII, quando as garrafas de vidro se tornaram mais uniformes e resistentes. Antes disso, os vinhos eram armazenados em barris, ânforas ou garrafas de cerâmica, que eram vedadas com cera, óleo ou pano", explica ele.

A tampa de rosca é um método mais moderno e prático de vedar as garrafas de vinho. Ela surgiu na década de 1950, na Austrália, como uma alternativa às rolhas.

"A tampa de rosca é feita de metal ou plástico, com um revestimento interno que evita o contato direto com o vinho. Ela tem a vantagem de ser mais barata, mais fácil de abrir e fechar e garante uma vedação total do vinho".

O sommelier explica que a forma de vedação não interfere na qualidade do vinho e está mais relacionada ao custo-benefício para os produtores. "E também os europeus são perfeccionistas quando se trata de vinhos, são anos de experiência", conclui.

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Redação Degusta
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