Truque de milhões para pipoca de micro-ondas
Técnica simples para separar os grão de milho que não estouraram
Existe uma utilidade desconhecida sobre o saco de pipoca de micro-ondas que você merece conhecer. Neste artigo vamos te dar uma dica para evitar grãos de milho (piruá) na pipoca de micro-ondas. Confira a seguir!
Antes de abrir o saquinho de pipoca, faça isso!
O primeiro passo desta dica é fazer a pipoca no micro-ondas conforme orientado na embalagem, sem segredo.
Assim que a pipoca que termina o tempo, conseguimos notar um buraquinho na boca do saco, certo? Pois bem, deixe o vapor quente sair por ele mas não abra a embalagem ainda.
O pulo do gato está exatamente nesse buraquinho do saco. Isso porque ele abre um pouco durante o preparo e isso serve não apenas para deixar sair o ar quente do interior da embalagem, mas também para permitir que você separe o piruá (aqueles caroços que não estouraram) do resto da pipoca pronta.
Sendo assim, antes de abrir o saquinho, vire-o de cabeça para baixo em um recipiente e chacoalhe bastante! Os grãos de milho que não estouraram vão cair com facilidade.
Feito isso, agora vem a parte fácil, comer!
ATENÇÃO: Não jogue fora os caroços que não estouraram, pois eles ainda servem para fazer mais pipoca!
O que fazer com os grãos de milho que não estouraram
Antes de mais nada, precisamos entender o que faz o grão de milho estourar ou não, a dinâmica é bem simples.
O que faz a pipoca estourar (ou não)
No interior do caroço do milho de pipoca existem partículas de água e amido do milho, enquanto no exterior, a casca serve para selar esses componentes dentro do caroço.
A mágica acontece quando esse caroço é aquecido. Isso porque o calor provoca que a umidade do caroço vire vapor, que quando em contato com o amido gera uma substância branca e gelatinosa. Essa substância gera uma pressão sobre a casca, que é o que faz o caroço estourar e se transformar em pipoca.
O problema é que alguns caroços apresentam uma fissura na casca, o que faz essa pressão não ser suficiente, já que a umidade simplesmente evapora, sem a capacidade de criar a pressão suficiente para estourar o caroço.
Outra razão do milho não estourar é quando o caroço está seco demais. Dessa maneira, o vapor não é formado no interior do caroço, que por sua vez não recebe pressão suficiente para expandir e virar pipoca.
Como fazer pipoca com os caroços que não estouraram
Já que o que impede que um caroço de milho estoure é, na maioria das vezes, a falta de umidade em seu interior, o que precisamos fazer é realocar essa umidade lá dentro, o processo é bem simples:
Primeiro separe uma boa quantidade de caroços que não estouraram em um recipiente que tenha tampa. Em seguida, adicione um pouquinho de água dentro do recipiente, tampe, chacoalhe um pouco e deixe-o descansar por um ou dois dias em um local longe do calor e do sol.
A quantidade de água varia de acordo com a quantidade de piruá que você tiver separado, atente-se apenas que nós não queremos encharcar os caroços e sim umedecê-los, por isso a quantidade de água deve ser pouca. Na dúvida, escorra o excesso antes de reservar.
Passado um ou dois dias, experimente aquecer uns três caroços e ver se eles estouram. Se sim, utilize o restante, se não, adicione um pouco mais de água e deixe descansar por mais um dia. Em seguida teste novamente.
A pipoca de micro-ondas faz mal para a saúde?
Um de nossos seguidores no TikTok levantou essa bola em um de seus comentários:
"Pipoca de microondas faz muito mal!", disse Pedro Henrique.
Diante dessa afirmação, decidimos pesquisar.
De onde vem o "mal" da pipoca de micro-ondas
A primeira coisa que precisamos ressaltar é que o que já foi categorizado como perigoso envolvendo a pipoca de micro-ondas não está relacionado ao caroço do milho e sim aos componentes químicos do saco ou de seu interior.
O principal produto químico potencialmente perigoso é conhecido como perfluorooctanoato, PFOA ou C8. Esse composto foi usado na composição dos sacos de pipoca e tinham como principal objetivo evitar que as gorduras presentes do cozimento do caroço fossem escorridas pelo saco.
No Brasil, um estudo publicado pela CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) categorizou o composto como um possível agente cancerígeno:
"A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) classifica o PFOA no Grupo 2B - possível cancerígeno humano, com base em evidências de carcinogenicidade limitadas em seres humanos (câncer de testículo e rins) e cancerígeno em animais de experimentação."
Além disso, uma das principais características do PFOA é conseguir se manter no organismo das pessoas por muito tempo.
Porém, repare que nos referimos no passado, ou seja "foi usado". O motivo disso é que, devido a realização de estudos sobre esse componente, os fabricantes decidiram parar de utilizar o produto em suas embalagens no mundo inteiro, desde 2011.
Em 2013, foi realizada uma pesquisa nos Estados Unidos que constatou que mais de 98% dos americanos teriam um valor considerado da substância em seu organismo. Ou seja, depois de dois anos do composto ter sido praticamente erradicado da indústria alimentícia.
A polêmica envolvendo a manteiga
Outra problemática envolvendo a pipoca de microondas é a presença de um produto químico nomeado como diacetil (diacetyl). Esse produto é usado para conferir aroma e sabores artificiais de manteiga ao produto.
Esse componente pode comprovadamente desenvolver, em humanos, uma doença conhecida como pulmão de pipoca, ou bronquiolite obliterante, o seu nome científico. Uma doença que pode causar falta de ar, tosse, fadiga, febre, diversas irritações no corpo e também levar a óbito. Já a contaminação é criada a partir da inalação persistente dos vapores do diacetil.
Em 2008, especialistas do governo estadunidense, revelaram que o diacetil pode causar câncer de pulmão e nas vias aéreas em ratos. Já em 2022, um estudo feito por especialistas da USP, revelou que essa substância também pode causar Alzheimer. Os estudos ainda não foram feitos com humanos.
A boa notícia é que a transmissão via consumo da pipoca de micro-ondas não foi considerada um perigo para os consumidores casuais do alimento (sem excesso). Outra informação relevante é que os principais produtores de pipoca de micro-ondas não utilizam mais o agente químico em seus produtos, desde 2007.
Contudo, em 2012, um americano recebeu 7 milhões de dólares de indenização por ter contraído a doença depois de comer dois sacos de pipoca de microondas por dia durante 10 anos.
Por fim, as curiosidades em torno da pipoca parecem ser infinitas, como vimos no artigo em que testamos uma receita de sorvete de pipoca. Spoiler: é uma delícia!