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Doenças de pele emocionais: veja quais são e as suas causas

Dermatologista explica os efeitos das doenças psicossomáticas na pele e esclarece mitos e verdades sobre as principais condições

9 jul 2024 - 11h13
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O caso do industriário, de 54 anos, que estava com 98% do corpo com vitiligo e recuperou 93% do pigmento da pele assim que se divorciou, chamou a atenção nos últimos dias. Segundo a dermatologista do paciente, a separação foi um fator determinante para a recuperação, pois a condição física era influenciada por um fator psicológico.

Algumas doenças de pele podem ser provocadas por questões emocionais
Algumas doenças de pele podem ser provocadas por questões emocionais
Foto: Shutterstock / Alto Astral

As doenças psicossomáticas são condições dermatológicas que podem ser intensificadas ou desencadeadas por fatores emocionais e psicológicos. "A influência da saúde mental na saúde da pele é um campo de estudo crescente e relevante na dermatologia", afirma a dermatologista Dra. Mayla Carbone. 

A causa mais comum para o surgimento do vitiligo é uma doença autoimune, na qual o sistema imunológico ataca erroneamente os melanócitos. No entanto, a condição também pode ser causada por fatores como histórico familiar, exposição a substâncias químicas e desequilíbrios neuroquímicos no cérebro, que podem influenciar a função dos melanócitos. 

"O maior mito disseminado sobre o vitiligo até hoje é que ele seja causado por infecção ou contágio. Não há risco de contágio no vitiligo. Fatores emocionais e genéticos são os principais desencadeadores", esclarece a profissional membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). 

Doenças de pele emocionais mais comuns

Além do vitiligo, existem outras doenças psicossomáticas que afetam o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes, como alopecia, dermatite atópica, psoríase e herpes-zóster. Porém, algumas crenças comuns acabam contribuindo para a desinformação sobre essas condições. Abaixo, a especialista desmistifica cada uma delas.

Alopecia

A alopecia é a perda de cabelo que pode ocorrer em várias formas, como a alopecia areata, onde surgem áreas de calvície em diferentes partes do couro cabeludo. Muitas vezes, é atribuída apenas a fatores genéticos ou hormonais, mas o estresse e a ansiedade podem precipitar ou agravar a condição. "Um mito comum é que a alopecia é sempre genética. A verdade é que embora fatores genéticos contribuem, o estresse emocional é um gatilho importante para a alopecia areata", explica a dermatologista.

Dermatite atópica

No caso da dermatite atópica, condição crônica que causa coceira e inflamação na pele, muito comum em crianças, a ansiedade e o estresse são conhecidos por piorar os sintomas. "Existe o mito de que a dermatite atópica é apenas uma alergia de pele, quando na verdade, além dos fatores alérgicos, o estado emocional do paciente é determinante durante todo o tratamento da condição", diz a especialista.

Herpes-zóster

O herpes-zóster, também conhecido como cobreiro, é uma reativação do vírus da varicela-zoster que ocasiona uma erupção dolorosa. O estresse enfraquece o sistema imunológico, facilitando o aparecimento da doença. "O mito mais frequente nesse caso é que o herpes-zóster só afeta idosos, justamente pelo sistema imunológico debilitado, sendo que qualquer pessoa que teve catapora pode desenvolver o vírus, especialmente sob estresse intenso", comenta Mayla.

Psoríase

Por fim, a psoríase é uma doença autoimune que acelera o ciclo de vida das células da pele, resultando em placas escamosas e vermelhas. O estresse pode desencadear ou agravar os surtos, porém há um equívoco de que essa doença é apenas uma doença de pele. De acordo com a dermatologista, a psoríase tem uma forte ligação com o estado emocional e mental do paciente e gerenciar o estresse é uma parte importante do tratamento.

Alto Astral
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