EDTWT: o que é o 'código' usado nas redes sociais ligado a transtornos alimentares

O uso excessivo das redes sociais pode estar diretamente ligado a busca pelo corpo perfeito e, consequentemente, tem sido associado ao desenvolvimento de transtornos alimentares, como anorexia, bulimia e compulsão alimentar, especialmente entre os jovens. 

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A pressão para atender aos padrões estéticos promovidos nas plataformas digitais pode distorcer a percepção corporal e levar à adoção de comportamentos alimentares prejudiciais, a exemplo do crescimento de comunidades entre jovens que utilizam um “código secreto”, como o EDTWT (Eating Disorder Twitter). Mas, afinal, o que significa EDTWT?

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O que é EDTWT?

O termo 'EDTWT' (Eating Disorder Twitter) se refere a comunidades formadas dentro do Twitter por jovens que se reúnem para discutir, de forma aberta, comportamentos prejudiciais relacionados à alimentação, como dietas extremas, uso de laxantes e outros métodos perigosos para emagrecer. 

Em muitos desses espaços, as participantes trocam dicas sobre o que comer, compartilham suas rotinas alimentares e, frequentemente, encorajam umas às outras a adotar práticas autodestrutivas. 

Em uma das mensagens postadas, há uma montagem com fotos de antes e depois de uma garota, que comemora a perda de peso. Mas o que mais chama a atenção na imagem são as marcas de automutilação na perda da jovem.    

Dados alarmantes no Brasil

A prevalência de transtornos alimentares no Brasil é alarmante. De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria, cerca de 15 milhões de brasileiros sofrem de algum tipo de distúrbio alimentar, com 10% desse total sendo jovens. 

Esse aumento pode ser parcialmente explicado pela pressão constante exercida pelas redes sociais, que muitas vezes apresentam um padrão estético irreal e inatingível, alimentando a insatisfação com o corpo e agravando quadros de distúrbios alimentares.

ALERTA! Se você sofre de algum tipo de transtorno alimentar, considere procurar uma orientação médica na Unidade Básica de Saúde da sua região e informações complementares junto à Associação Brasileira de Transtornos Alimentares. Se você estiver em São Paulo, procure ajuda junto ao Programa Transtornos Alimentares do IPq HCFMUSP.