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Eduardo Suplicy é diagnosticado com Parkinson e faz tratamento com Cannabis medicinal

O deputado Eduardo Suplicy defende o uso da Cannabis medicinal e diz que irá lutar pela regulamentação da distribuição do medicamento no país

23 set 2023 - 11h38
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Nesta terça-feira, 19, o deputado estadual Eduardo Suplicy, de 82 anos, revelou que faz tratamento com Cannabis medicinal por conta de um diagnóstico de Parkinson, recebido no final do ano passado. Segundo o parlamentar, a doença está em estágio inicial, com sintomas leves. Ele, que importou o medicamento no início do ano, defende que a distribuição seja regulamentada no Brasil, para ampliar o acesso a pacientes que não possuem condições de importar o produto.

Recentemente, Suplicy cedeu uma entrevista à jornalista Mônica Bergamo para falar sobre o diagnóstico e tratamento da doença. Em conversa, ele cita a conversa que teve com a doutora Luana Oliveira, neurologista do núcleo de Cannabis Medicinal do Hospital Sírio-Libanês.

"Eu não me dei conta de que tinha Parkinson, só mais tarde, conversando com a Dra. Luana Oliveira é que fui percebendo alguns sintomas. Eu estava com certos tremores nas mãos, especificamente na hora de comer, de segurar os talheres, de tomar uma sopa. Tremia um pouco […] Tinha também dores musculares na perna esquerda", revelou o político.

Eduardo Suplicy defende acesso à Cannabis medicinal

A importação cresceu 93% nos últimos 12 meses, de acordo com dados da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O uso terapêutico da Cannabis medicinal tem sido indicado para diversas condições, como ansiedade, dor crônica e insônia, por exemplo. Em uma de suas falas, Suplicy defendeu o avanço em leis para possibilitar a produção nacional e facilitar a comercialização da planta.

De acordo com Joaquim Castro, fundador da Gravital, primeira clínica especializada em tratamento com Cannabis medicinal no Brasil, o aumento das importações confirma que o uso da planta tem ajudado milhares de pessoas a ter uma mudança de vida no que diz respeito à melhora significativa da saúde.

"A grande revolução no acesso à cannabis medicinal no Brasil será quando o país deixar de classificar os derivados de cannabis, prioritariamente o canabidiol, como uma substância controlada. Isso colocará o produto ao acesso mais fácil da população, como é em uma dezena de países, quase todos os europeus e também nos Estados Unidos", afirma.

Benefícios da Cannabis medicinal no tratamento de Parkinson

Especificamente no caso da Doença de Parkinson, a Cannabis medicinal tem protagonizado ótimos resultados e trazido alívio a pacientes e familiares. Trata-se de uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva. Apesar de ser incurável, as pesquisas acerca do tratamento do Parkinson têm evoluído bastante nos últimos anos, no sentido de buscar formas de proporcionar maior qualidade de vida aos portadores.

Conforme o neurologista Lucas Cury, médico da Gravital, o canabidiol consegue trazer melhora em sintomas como insônia, dor e depressão, que são bem comuns em pacientes com a doença. "Já o THC melhora o tremor e a rigidez, ou seja, outros ganhos que o canabidiol propriamente não consegue. Então, a mescla dos dois é mais interessante e temos uma resposta melhor. Além disso, a cannabis tem uma ação anti-inflamatória bem relevante", explica o médico.

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Eduardo Suplicy é diagnosticado com Parkinson e faz tratamento com Cannabis medicinal
Eduardo Suplicy é diagnosticado com Parkinson e faz tratamento com Cannabis medicinal
Foto: Reprodução/Instagram / Viva Saúde
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