Entenda a importância de combinar a inteligência emocional e corporativa
Neste, Dia da Gentileza, pedimos para a psicóloga e CEO da clínica Neuropulsar, Amanda Rangel, falar um pouco sobre o assunto
Quando falamos de inteligência emocional dentro do ambiente de trabalho, também estamos abordando a gentileza, como forma de agir em certas situações. E, neste Dia da Gentileza, pedimos para a psicóloga e CEO da clínica Neuropulsar, Amanda Rangel, falar um pouco sobre o assunto e explicar como ele também está atrelado à inteligência corporativa. Veja abaixo:
Como combinar a inteligência emocional e corporativa?
Usar as habilidades emocionais no ambiente de trabalho para melhorar o clima organizacional e os resultados é combinar ambas as inteligências, segundo a especialista: "Por exemplo, um líder que recebe feedback negativo sobre um projeto e reage com empatia e abertura, em vez de defensividade, demonstra inteligência emocional. Assim, esta atitude incentiva a equipe a contribuir sem medo de represálias, promovendo um ambiente de confiança. Outra situação prática é quando um colaborador está enfrentando problemas pessoais. Um gestor que oferece apoio e flexibilidade, como a possibilidade de trabalhar remotamente, usa a inteligência emocional para lidar com a situação sem perder o foco nos objetivos corporativos".
Qual a importância do equilíbrio entre elas?
"O equilíbrio entre a inteligência emocional e a corporativa ajuda a evitar decisões impulsivas que possam prejudicar a equipe ou a empresa. Em tempos de crise, um gestor equilibrado consegue tomar decisões estratégicas sem ser dominado pelo estresse ou pela pressão do momento. Isso ajuda a manter a motivação da equipe, mesmo em desafios difíceis, como um corte de orçamento ou reestruturação de pessoal. Outro caso é quando o gestor que, ao comunicar mudanças na empresa, reconhece os impactos emocionais para os colaboradores e adapta a abordagem para dar suporte emocional, o que contribui para uma transição mais tranquila", explica Rangel.
Quais os benefícios?
Um dos benefícios da combinação entre ambas é a resiliência da equipe e um ambiente onde a comunicação pode fluir melhor. "Tal qual quando um colaborador comete um erro significativo. Em uma empresa que valoriza a inteligência emocional, o erro torna-se uma oportunidade de aprendizado em vez de uma punição. Nela, o colaborador se sente seguro para corrigir a situação e, desta forma, cresce a partir da experiência. Ou quando a equipe precisa lidar com um cliente difícil. Colaboradores emocionalmente equilibrados conseguem manter a calma e resolver o problema sem deixar que o estresse afete sua performance", esclarece.
Quais as consequências de um cenário diferente?
Em locais que não cultivam em que a inteligência emocional e corporativa, problemas tendem a surgir, de acordo com a psicóloga. "Baixa moral e aumento da rotatividade são dois deles. Nas empresas, onde o o gestor reage com impaciência ou desprezo quando a equipe traz um problema, os colaboradores tendem a se sentir desvalorizados e inseguros. O que leva ao crescimento do estresse e até ao desejo de pedir demissão. Por fim, quando mudanças são implementadas de forma abrupta, sem considerar o impacto emocional nos colaboradores, acaba gerando resistência, quedas de produtividade e uma cultura de insatisfação", conclui.