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Equilíbrio financeiro: é preciso focar no seu caminho

O mundo digital nos faz pensar que precisamos sempre medir nossas conquistas com as dos outros, mas isso é ilusão

22 jan 2025 - 17h22
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Muito se fala sobre construir e manter um equilíbrio financeiro, mas como fazer isso quando estamos cercados de expectativas irreais? Especialmente no ambiente digital, parece que todo mundo está o tempo todo comparando realidades que nada têm a ver uma com a outra. E isso pode ser um dos principais fatores para o surgimento de sonhos ilusórios, mas não é o único. O fato é: é necessário reconhecer e contornar essa fantasia, para que seja possível delinear sonhos plausíveis - e ir atrás de realizá-los!

Foto: Pixabay / Revista Malu

A fantasia do on-line

Angelita Traldi, coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, lista algumas das razões pelas quais tendemos a traçar propósitos que muitas vezes não condizem com a realidade. "Um deles é a comparação social, a busca por status, fatores psicológicos, fácil acesso a créditos, comportamentos compulsivos e influências. E muitas vezes, diversos desses fatores surgem devido à falta de educação financeira e à falta de conhecimento de gestão financeira", explica.

Além disso, as redes sociais têm um papel de grande influência sobre essas expectativas relacionadas a dinheiro e sucesso. Os tais 'influenciadores digitais' são responsáveis por mostrar rotinas, viagens e itens que, na grande maioria das vezes, representam uma mínima parcela da população, mas que são idealizadas por muitos. "Consequentemente, essa realidade gera uma expectativa de consumo mais alta. O que leva muitos ao endividamento, desigualdade ou até mesmo infelicidade devido a busca incessante por dinheiro e status", comenta a profissional.

Desejo x necessidade

Mas então, como diferenciar desejos e necessidades diante da era da tecnologia? "É importante que as pessoas primeiro listem suas necessidades", responde Angelita, afirmando que estas devem ser algo que realmente tenha alguma urgência ou necessite ocorrer naquele período. "É necessário sempre refletir para definir uma necessidade com 'O que aconteceria se eu não tivesse isso?' ou 'Posso viver sem isso no momento?', e dependendo da resposta, considerar esse item como uma necessidade (ou não)."

Já o desejo, esclarece Angelita, normalmente é algo temporário, "muitas vezes, fruto de influências de publicidades e opiniões que não são essenciais para a sobrevivência e bem-estar", completa.

"As comparações financeiras e com padrões da sociedade podem gerar impactos psicológicos em muitas pessoas. Para lidar com esse cenário, é recomendável definir seus próprios objetivos e metas e focar no progresso, não na comparação."

Tenha tudo anotado e claro

Para a coordenadora, a estratégia mais eficaz para controlar impulsos de consumo e evitar gastos desnecessários envolve estabelecer objetivos claros para o dinheiro e investir nesse planejamento. "Recomendo criar uma planilha de orçamento mensal com os gastos fixos, necessários e outros não previstos, onde entrariam os desejos momentâneos", indica. Segundo Angelita, essa é uma forma de acompanhar os gastos e o cenário financeiro real, para não comprar coisas fora do necessário. "É um bom inibidor de compras por impulso e auxilia na criação de rotinas financeiras saudáveis", aponta.

Para ter equilíbrio, não dá pra deixar o emocional de lado

E é claro que, nesse caso, a busca por equilíbrio não se trata apenas de autodomínio na hora de gastar, mas também, e talvez principalmente, de controle emocional. "As emoções desempenham um papel significativo nas decisões financeiras e podem afetar a relação com o dinheiro de diversas maneiras. Como, por exemplo, ansiedade e estresse, aversão à perda, compras emocionais e relutância em investir por medo do risco", lista a coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera.

Como lidar com tudo isso e alcançar o equilíbrio?

A dúvida que pode pairar sobre a cabeça de muita gente é: como podemos aprender a viver com menos, sem abrir mão da qualidade de vida, mas também sem sermos vítimas de expectativas de consumo excessivo? Para Angelita, esse é um grande desafio, que exige mudanças de hábitos e mentalidade. "Para isso, é importante redefinirmos prioridades, simplificarmos nosso estilo de vida, gerenciarmos os recursos financeiros, cultivarmos hábitos sustentáveis e desenvolvermos habilidades para fazer economia", orienta. "O sucesso financeiro é uma jornada, não um destino", pontua a profissional, que conclui com uma lição que devemos levar para a vida: "Devemos ter nossa atenção aos progressos, ao nosso percurso, e não ao fim e à perfeição. Procuremos apreciar o que realmente importa e viver uma vida mais autêntica e sustentável."

Revista Malu Revista Malu
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