Escrita terapêutica: como a prática incentiva o autoconhecimento
A escrita terapêutica pode ajudar você a compreender frustrações, reconhecer as próprias conquistas e se conhecer melhor
Você já pensou em registrar o que pensa para observar o seu desenvolvimento emocional e valorizar o autoconhecimento? O que lhe falta é intimidade com as palavras? Sabia que isso não é um impeditivo? Quem defende a escrita terapêutica garante que essa técnica funciona como um instrumento de libertação: quando colocamos mágoas, conflitos, reflexões e fragilidades no papel, podemos compreendê-los melhor e, eventualmente, dar a eles outros significados. A escrita terapêutica também contribui para reafirmar conquistas e endossar aprendizados, uma vez que amplia nosso entendimento do todo. Acompanhe um passo a passo para experimentar essa técnica agora mesmo!
Passo a passo para a escrita terapêutica
Passo 1 - Adquira um caderno ou diário
É melhor guardar esse caderno ou diário entre os seus pertences, já que o conteúdo é estritamente pessoal. Um local privativo permite que a sua escrita não fique exposta a olhares curiosos.
Passo 2 - Escreva sem medo
Imagine que está escrevendo uma carta ou um e-mail para si mesmo, e que ninguém terá acesso a esse material - a menos que você deseje isso. Assim, é possível se livrar de amarras e permitir que o pensamento flua.
Passo 3 - Não julgue sua escrita
Deixe de lado a ideia de que você não tem habilidade para redação. Na escrita terapêutica, o que vale é a autenticidade dos registros. Quanto mais verdadeiros, maior a utilidade deles.
Passo 4 - Escolha por onde começar
No seu caderno ou diário, você pode dar vazão a opiniões ou escrever sobre os seus sentimentos. Também pode relatar situações que envolvam pessoas, decisões e rupturas. Não existem regras: é você quem manda!
Passo 5 - Esqueça a cronologia dos fatos
Escreva sobre o que tiver vontade sem obedecer a uma linha do tempo. Você pode redigir sobre o passado e pular para as suas expectativas para 2026, por exemplo, deixando o momento presente para outra oportunidade.
Passo 6 - Coloque tudo no papel
Tão importante quanto relembrar experiências dolorosas é mencionar conquistas pessoais e profissionais. O que você aprendeu nos últimos anos? Quais as realizações das quais se orgulha? O que mais alegra o seu coração?
Passo 7 - Releia quando quiser
Depois de começar a praticar a escrita terapêutica, releia seus primeiros escritos. Você vai perceber que emoções e impressões podem ter mudado, assim como a sua interpretação sobre experiências vividas. Esse é um dos objetivos da técnica: oferecer novas perspectivas.
Escrever pode ensinar e promover a superação
"Dores se transformaram em poesias, desafios se transformaram em contos, angústias se transformaram em palavras, e as palavras transformaram o sofrimento em autoconhecimento, aprendizado e superação". Esse trecho integra a abertura do livro O caderno do eu, de autoria da psicóloga Gabriele Ribas (E-book Kindle, 2015), que classifica a escrita terapêutica como um recurso de cura.
Nessa obra, ela indica 30 exercícios de escrita terapêutica para quem quer se conhecer melhor. Esses exercícios propõem reflexões sobre desejos, imaginação, autoestima, projetos, vitórias, memórias e gratidão.