Espinha que mata? O que aconteceu com jovem que morreu aos 18 anos por causa de superbactéria
Uma jovem de dezoito anos acabou morrendo recentemente graças à uma infecção generalizada causada por uma superbactéria. Sua mãe acredita que a porta de entrada para ela tenha sido uma espinha na pele da filha. Entenda mais sobre essa história e saiba os riscos fatais da acne!
A estudante de biomedicina Dâmilly Beatriz da Graça morreu na última segunda-feira (12), devido a uma infecção generalizada causada por uma superbactéria que pode ter entrado na sua corrente sanguínea por meio de uma espinha.
A Staphylococcus aureus, como é conhecido o microorganismo, causou complicações para jovem de Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Essa é a mesma bactéria que tirou a vida do neto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para a surpresa de muitos, a Staphylococcus aureus pode ser encontrada na pele dos seres humanos. Mas enquanto está fora da corrente sanguínea, ela oferece poucos riscos. O problema é quando há algum tipo de ferimento que permite que ela entre no nosso organismo.
A infectologista Sabrina Sabino, em entrevista ao g1, explicou: "Ela entra em nossa circulação e faz com que a gente desenvolva uma síndrome chamada sepse, que faz diversas alterações inflamatórias no nosso corpo, podendo ser extremamente grave".
Por meio das suas redes sociais, Daniela Veida, mãe da jovem, explicou o ocorrido. "A minha filha @damybeatriz foi atingida por uma bactéria extremamente agressiva e de difícil reversão (Staphylococcus aureus MRSA)".
"O ponto de entrada da bactéria foi uma acne que ela tinha no rosto", apostou. "Essa bactéria gerou uma infecção generalizada e ocasionou falência múltipla dos órgãos. A família tem total confiança e agradece muito a equipe do hospital. Os profissionais não mediram esforços na tentativa de reversão do quadro. Com muita agilidade desde a chegada ao hospital no domingo rapidamente direcionando para a UTI, até o momento do seu óbito, na segunda 12/06/2023".
Ao fim, ela agradeceu as mensagens, homenagens e abraços nesses dias tão difíceis.
A mestre em Pesquisa Clínica pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas e microbiologista no laboratório Richet Medicina e Diagnóstico Gabriela Castro disse ao portal da Globo que infecções por espinhas são comuns, já que elas estão presentes na nossa pele. Por isso que é tão importante cuidar do nosso rosto diariamente.
Segundo a profissional, o ato de "espremer a espinha e criar uma ruptura de tecido" as torna a porta de entrada.
Para evitar que isso aconteça, o segredo está em cuidar da higiene. Lavar as mãos e o local da lesão com água e sabão é essencial. Além disso, especialistas recomendam não espremer espinhas e sempre manter as feridas limpas.